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Insulina Pode Indicar Risco de Doença Cardíaca

Por Suzanne Rostler

NOVA YORK (Reuters Health) - Crianças obesas com altos níveis de insulina no sangue também são suscetíveis a ter altos níveis de hemocisteína, uma combinação que parece aumentar o risco de problemas cardíacos e derrame, segundo um novo estudo.

Aumentando ainda mais esses riscos, essas crianças e adolescentes parecem ter níveis mais baixos de folato, uma vitamina que pode reduzir os níveis de hemocisteína, provavelmente porque não comem quantidades adequadas de verduras e legumes.

A combinação de hemocisteína elevada e folato reduzido pode aumentar as chances de crianças obesas desenvolverem problemas cardíacos, de acordo com pesquisadores da Universidade de Graz, na Áustria.

A equipe de cientistas estudou a relação em 84 crianças e adolescentes e relatou suas descobertas na edição de setembro do Diabetes Care.

"A implicação de nossa descoberta poderia ser que a redução dos fatores de risco cardiovasculares, como a gordura corporal e insulina -- por meio de dieta e/ou atividade física -, seria capaz de melhorar o metabolismo da hemocisteína", explicou durante entrevista, o chefe da equipe de cientistas, Siegfried Gallistl.

O pesquisador disse à Reuters Health que a insulina parece inibir as enzimas envolvidas no metabolismo da hemocisteína.

A insulina é um hormônio fundamental, responsável pela absorção celular da glicose (açúcar) dos alimentos, que é usada por todo o organismo como combustível. Por isso, tanto os níveis de insulina como suas taxas de glicose no sangue são altas.

A longo prazo, as pessoas com diabete tipo 2 correm risco maior de desenvolver problemas cardíacos e ter derrame.

Outras pesquisas já haviam associado altos níveis de hemocisteína, uma substância que é formada pela digestão das proteínas, ao maior risco de doença cardíaca e derrame em adultos. A dieta gordurosa também contribui para elevar a hemocisteína, possivelmente por causa do baixo consumo de vegetais ricos em folato.

"Nosso estudo demonstrou pela primeira vez que a insulina é um correlato significativo da hemocisteína em crianças e adolescentes obesos e sugere que (insulina alta) pode contribuir para o comprometimento do metabolismo da hemocisteína na obesidade infantil", concluíram os pesquisadores.

Sinopse preparada por Reuters Health

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