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Anticoncepcional aumenta fertilidade, diz estudo

09 de Outubro de 2002 (Bibliomed). As mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais por no mínimo cinco anos conseguem engravidar com mais facilidade que as não-usuárias de contraceptivos, sugeriu um estudo realizado pela Universidade Brunel, na Grã-Bretanha. Os pesquisadores entrevistaram 8.497 mães que planejaram a gestação, quando elas completaram 18 semanas de gravidez. A avaliação incluiu perguntas sobre o tempo que foi necessário para engravidar depois que parou de tomar pílula anticoncepcional e sobre o tempo de uso do método preventivo.

Dos 8.497 casais entrevistados, 88% conceberam em doze meses a partir do início das tentativas e a maioria conseguiu engravidar nos primeiros seis meses, taxa de concepção que condiz com a observada na população em geral, que é de 90%. Os autores do estudo verificaram, ainda, que as mulheres que usaram pílula por mais de cinco anos antes de tentar engravidar pareceram mais propensas a conceber em um ano, em comparação com quem nunca usou o medicamento ou o tomou por um período menor.

Embora o estudo não tenha avaliado o motivo pelo qual o consumo de contraceptivo oral possa estimular a fertilidade feminina, os pesquisadores acreditam que o uso prolongado possa aumentar o estoque de ferro. O uso da pílula também pode interromper a progressão da endometriose, distúrbio no qual o tecido que reveste o útero cresce em outras áreas da cavidade abdominal, podendo causar problemas de fertilidade. Esses resultados contradizem os de pesquisas anteriores, que mostravam que as usuárias de contraceptivos orais poderiam demorar mais para conceber, em comparação com as mulheres que não tomavam pílulas. Os pesquisadores ressaltaram, no entanto, que nenhum estudo anterior avaliou mulheres que fizeram uso da pílula por tempo prolongado. “As mulheres que usaram contraceptivos orais de forma prolongada podem ficar confiantes, pois não terão desvantagem em termos do tempo necessário para conceber”, afirmaram os autores do estudo em edição recente da revista Human Reproduction.

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