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Uso do celular em excesso pode fazer mal à saúde

30 de Abril de 2002 (Bibliomed). Ainda não há consenso, mas estudiosos de todo o mundo suspeitam que a radiação eletromagnética emitida pelos telefones celulares seja prejudicial à saúde. A indústria de telefonia nega e continua instalando antenas de transmissão por todos os cantos. Somente no Brasil, 19 milhões de pessoas possuem celular. E a expectativa é que esse número cresça bastante. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estima que 58 milhões de brasileiros vão falar ao celular até 2005. Dor de cabeça, tontura, catarata e câncer são algumas das doenças que podem ser causadas pela exposição à radiação eletromagnética. A Organização Mundial de Saúde (OMS) promete concluir até o final do ano que vem pesquisa feita em mais de dez países sobre o tema. A intenção é descobrir se existe ou não relação direta entre as ondas de rádio emitidas pelos celulares e o aparecimento de tumores no cérebro.

Pesquisadores já comprovaram os efeitos térmicos e de condução elétrica produzidos pelos celulares. Os sinais emitidos pelos aparelhos são capazes de penetrar até um centímetro nos tecidos humanos, provocando aumento da temperatura. As partes do corpo mais vulneráveis à essa variação térmica são as que possuem tecidos menos vascularizados, como o globo ocular. Daí o risco de catarata. As ondas eletromagnéticas podem ainda interferir no funcionamento dos músculos e na absorção de substâncias pelas células.

Na Inglaterra, o governo recomenda que as crianças não usem telefone móvel. As escolas inglesas receberam comunicados para limitar a utilização dos celulares para menores de 16 anos. O argumento é que até essa idade o cérebro ainda está em desenvolvimento e é mais vulnerável aos efeitos da radiação. Nos Estados Unidos, os fabricantes de celulares são obrigados a informar a quantidade de radiofreqüência emitida pelo telefone através de um selo. Os consumidores podem, então, optar pelos aparelhos que emitem menos radiação.

Até que mais pesquisas sejam feitas, a recomendação da Organização Mundial de Saúde é reduzir a duração das chamadas ao máximo. O ideal é que cada ligação não ultrapasse seis minutos. A regra vale tanto para quem faz quanto para quem recebe a chamada. Quanto mais longa a conversa, maiores os riscos.

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