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Por que ligações ao celular nos distraem tanto?

15 de março de 2013 (Bibliomed). De acordo com a ONU – Organização das Nações Unidas – existem tantas assinaturas de celulares quanto pessoas no mundo, por isso é interessante avaliar o efeito que esses aparelhos têm nas nossas vidas. Um novo estudo desenvolvido na Universidade de San Diego analisou o porquê de ligações feitas ao celular distraírem quem as escuta sem participar da conversa.

“As pessoas acham que conversas ao celular são irritantes – pesquisas indicam que até 82% das pessoas pensas assim. Nós estávamos curiosos para ver quais efeitos cognitivos que escutar conversas no celular pode ter, já que elas são tão permeáveis na vida cotidiana”, explica a pesquisadora Verônica Galván.

Para mostrar que essas conversas distraem as pessoas ao redor os pesquisadores pediram a 150 voluntários que reorganizassem letras para que elas formassem palavras enquanto os cientistas conversavam ao fundo. Metade do grupo ouviu uma pessoa falando ao celular enquanto a outra ouviu uma conversa entre duas pessoas presentes no mesmo ambiente.

O grupo de pessoas que ouviu a conversa ao celular se distraíram mais do que aquelas que ouviram a conversa. A conversa ao telefone não apenas capturou mais a atenção dos voluntários mas também teve seu conteúdo mais lembrado.

Os pesquisadores acreditam que isso pode acontecer porque conversas onde apenas um interlocutor pode ser ouvido são mais imprevisíveis para quem não está participando do diálogo. Assim, não saber onde a conversa chegará é o que faz com       que elas causem maiores distrações.

Os resultados encontrados levaram os pesquisadores a pensarem que o uso do celular deve ser restrito. “Vai ser difícil nos livrarmos dos celulares, já que eles são um meio de comunicação tão importante. Ainda assim, é minha opinião que algumas tarefas são mais suscetíveis à distração do que outras, então é possível que ligações fiquem mais restritas em áreas onde elas possam distrair pessoas (fazendo) tarefas importantes”, explica Galván.

A pesquisa foi publicada no periódico PLOS ONE.

Fonte: Live Science, 13 de março de 2013

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