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Celular Terá Alerta Sobre Risco à Saúde na Grã-Bretanha

LONDRES (Reuters) - O Ministério da Saúde Britânico disse na segunda-feira que vai emitir folhetos sobre os riscos potenciais à saúde de telefones celulares. As advertências serão distribuídas em lojas onde os aparelhos são vendidos.

O órgão está dando os últimos retoques no texto do folheto que será distribuído nas lojas de telefones celulares, segundo uma porta-voz do Departamento de Saúde britânico. Ainda não se definiu se os folhetos serão dados ao compradores ou se ficarão à disposição dos clientes para que peguem se desejarem.

Os folhetos devem ter advertências contra crianças passarem tempo demais usando celulares, a despeito da polêmica entre especialistas sobre a real existência de riscos para a saúde dos usuários.

"Ainda há temores de que o uso do telefone celular possa ter um efeito prejudicial. Vamos fornecer informações para os consumidores", disse a porta-voz. "Não estamos emitindo diretrizes. Estamos dando uma informação que nos foi dada e tornando-a disponível a todos."

Mais de 25 milhões de pessoas, quase metade da população britânica, usa um telefone celular. Um quarto dos usuários tem menos de 18 anos e esse número deve aumentar depois do Natal.

A comunidade científica está dividida quanto aos males causados pelo celular. Ainda não há um consenso quanto às evidências médicas de que celulares causariam tumores no cérebro e outros problemas de saúde.

Na semana passada, a revista médica Lancet publicou dois artigos com visões antagônicas sobre a segurança dos celulares.

Gerard Hyland, médico da Universidade de Warwick, disse que usuários de celulares com menos de 18 anos eram vulneráveis a dores de cabeça, perda de memória e distúrbios do sono. Ele disse haver muita incerteza quanto aos aparelhos para que fossem considerados seguros.

O cientista de Massachusetts Kenneth Rothman, porém, disse que suas pesquisas indicavam que a principal causa de apreensão de saúde pública era a colisão de veículos, e não o câncer no cérebro.

Pessoas que usam muito o telefone celular envolvem-se duas vezes mais em acidentes de carro fatais do que pessoas que usam pouco ou não usam.

O artigo foi publicado no momento em que o governo britânico indicou um comitê para estudar os riscos dos celulares.

Sinopse preparada por Reuters Health

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