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Casos de malária caem 40% na Amazônia Legal

12 de Abril de 2002 (Bibliomed). A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão executivo do Ministério da Saúde, encerrou esta semana a oitava reunião que avaliou os resultados do Plano de Intensificação de Controle da Malária na Amazônia Legal (PIACM). Os técnicos constataram que o Plano está sendo eficaz principalmente nos estados do Acre, Amazonas e Roraima, onde a meta proposta pela Funasa já foi atingida. Os três estados conseguiram reduzir em mais da metade o número de registros da doença entre julho de 2000 e dezembro do ano passado. No Acre, a redução foi de 67%. Já o Estado do Amazonas conseguiu diminuir as ocorrências da malária em 71%. Em Roraima, a queda registrada foi de 56%.

Segundo a avaliação dos técnicos, em todo o Brasil, a redução alcançada ficou próxima dos 40%. O número de casos de malária passou de 635 mil, em 1999, para 387 mil, no ano passado. Os técnicos acreditam que 800 mil pessoas deixaram de ser infectadas com a doença. Apenas na Amazônia Legal, os casos caíram de 26 mil, em 2000, para 13 mil registros em 2001.

A reunião para avaliar os resultados do PIACM foi feita em Porto Velho/Rondônia, com participação de técnicos da Funasa, da Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde, do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e representantes dos nove estados que fazem parte da Amazônia Legal. O trabalho da Funasa continua nos próximos meses. A meta do órgão, agora, é conseguir uma redução de mais 30% em relação aos números registrados em 2001.

O PIACM foi lançado em julho de 2000 com investimentos de R$ 145,7 milhões provenientes do programa Avança Brasil. Além da redução no número de casos da doença, o Plano também garantiu a melhoria da infra-estrutura da vigilância epidemiológica e a capacitação dos profissionais de saúde. O Plano também proporcionou a implantação de um sistema de informações sobre a malária, facilitando o controle dos dados. Parte do dinheiro foi investido na compra de microscópios que melhoraram e agilizaram o diagnóstico laboratorial da doença.

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