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Cresce cerco à tuberculose no País

Belo Horizonte, 17 de Dezembro de 2001 (Bibliomed). A doença infecciosa que mais mata no mundo, a tuberculose, ganhou mais um inimigo no Brasil. Trata-se do Instituto do Milênio Estratégias Integradas para Estudo e Controle da Tuberculose no Brasil.

O instituto foi criado recentemente e é formado por diversos grupos de cientistas. Ao todo, são mais de 170 profissionais e 47 instituições. Eles vão estudar novos medicamentos e vacinas contra a doença, fazer testes e diagnósticos, além de uma avaliação clínico-operacional.

Célio Lopes, professor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e coordenador geral do instituto considera que o controle da doença tem sido negligenciado pelas políticas públicas, pela sociedade e até pela comunidade científica. Ao quadro desfavorável associa-se o fato de que vem aumentando o número de bacilos multirresistentes aos medicamentos disponíveis no mercado.

O instituto é um programa criado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. O objetivo é apoiar o desenvolvimento de outros institutos que contribuam para melhorar o desempenho da pesquisa científica e tecnológica brasileira.

O projeto pretende formar uma rede brasileira de pesquisa em tuberculose, a Rede-TB, cujo objetivo é desenvolver de forma integrada, novos testes, diagnósticos e vacinas, estudos epidemiológicos envolvendo tecnologia pós-genoma, entre outros.

Aproximadamente um terço da população mundial, cerca de 2 bilhões de pessoas, está infectada pelo Mycrobacterium tuberculosis, agente causador da tuberculose. Todos os anos, cerca de 54 milhões de pessoas são infectados, sendo que 6,8 milhões desenvolvem a doença e 3 milhões morrem.

Somente no Brasil, existem cerca de 47 milhões de pessoas infectadas e um elevado índice de mortalidade. Entre as razões para esse cenário estão o crescimento da miséria em todo o mundo, a Aids, movimentos migratórios e envelhecimento da população.

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