Notícias de saúde

Doenças Causadas Pela Seca Deixam 137 Mortos no Afeganistão

CABUL (Reuters) - A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou na segunda-feira que a fome e o cólera causados pela seca já deixaram 137 mortos no Afeganistão, também dilacerado por guerra interna.

A pior estiagem em três décadas atingiu mais de metade dos 23 milhões de habitantes do país, obrigando dezenas de milhares de pessoas a fugir de seus povoados.

Um relatório da ONU divulgado em Cabul citou agências humanitárias segundo as quais 60 pessoas teriam morrido nas Províncias setentrionais de Sari Pul e Jowzjan e 50 no distrito de Ghormach, na Província de Badghis, em decorrência do cólera, que também teria deixado outros 90 mortos na mesma região, duas semanas atrás.

O relatório documentou 27 mortes de fome no encrave oposicionista de Dara-i-Souf, na região central do Afeganistão, onde muitas famílias estariam sobrevivendo de vegetais silvestres.

O encrave vem sofrendo um cerco prolongado das forças do movimento governista Taliban. Segundo o relatório, o cerco provocou o aumento acentuado dos preços dos gêneros alimentícios na região.

"A OMS (Organização Mundial da Saúde) vem agindo para investigar o controlar o surto de cólera, proteger os suprimentos de água com cloro e oferecer diretrizes higiênicas à população das áreas afetadas", disse o relatório da ONU.

De acordo com o documento, o comércio com Dara-i-Souf está bloqueado e cerca de 80 por cento da população do encrave quer deixar a área, mas não tem condições econômicas de fazê-lo.

Muitos agricultores em outras partes da região central do Afeganistão não poderão semear o trigo do outono porque seu dinheiro e suas sementes acabaram devido à seca.

O Afeganistão apresenta déficit de 2,3 milhões de toneladas de alimentos este ano, e a ONU lançou um apelo por ajuda no valor de 67 milhões de dólares.

Sinopse preparada por Reuters Health

Copyright © 2000 Reuters Limited. All rights reserved. Republication or redistribution of Reuters Limited content, including by framing or similar means, is expressly prohibited without the prior written consent of Reuters Limited. Reuters Limited shall not be liable for any errors or delays in the content, or for any actions taken in reliance thereon.

Faça o seu comentário
Comentários