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Trabalhadores de todo o mundo são acometidos pela síndrome do lazer

Belo Horizonte, 23 de Novembro de 2001 (Bibliomed). Quem trabalha a semana inteira sem sentir nada e, no final de semana, é abruptamente acometido por enxaquecas, náuseas, fadiga e dores musculares, entre outros problemas, pode estar sofrendo da chamada síndrome do lazer. Trata-se de uma nova doença que vem atingindo trabalhadores compulsivos em todo o mundo.

Durante o Terceiro Encontro Internacional de Qualidade de Vida no Trabalho, realizado recentemente em São Paulo, o psicólogo holandês Ad Vingerhoets, da Universidade de Tilburg, apresentou um estudo recente sobre a síndrome. De acordo com sua pesquisa, 3% da população economicamente ativa da Holanda sofre do mal.

Apesar de o problema atingir poucas pessoas, o pesquisador considera a doença significativa. Ad Vingerhoets acredita que a síndrome aconteça em outros países, já que há relatos de casos semelhantes em diferentes localidades.

Homens e mulheres perfeccionistas e estressados são as maiores vítimas do problema. Segundo Antônio Carlos Bramante, do Departamento de Estudos do Lazer da Unicamp, que também participou do evento, os sintomas da doença são o tédio e a ansiedade que acometem a pessoa quando não está trabalhando. Os empregados compulsivos tendem a não relaxar e a se sentirem culpados por não estarem trabalhando, esquecendo-se de que também têm direito ao prazer.

Entre as causas do problema está a supervalorização do trabalho. Para combater o mal, é necessário dar mais valor e espaço para as atividades lúdicas, à família e aos hobbies.

Para quem já enfrenta o problema, o pesquisador holandês afirma que a melhor saída é procurar um psicoterapeuta, praticar exercícios físicos e fazer uso de técnicas de relaxamento.

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