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Aparelho desenvolvido na USP pode evitar o xixi na cama

Belo Horizonte, 10 de Julho de 2001 (eHealthLA). A Universidade de São Paulo (USP) acaba de desenvolver o protótipo de um aparelho que condiciona as crianças a não fazerem xixi na cama.

O problema, chamado no meio médico de enurese, afeta entre 15 e 20% das crianças acima de cinco anos, idade em que elas iniciam a sua vida social – começam a dormir na casa de amigos, participam de excursões, acampamentos, etc.

O dispositivo da equipe da USP é composto de uma placa de plástico ligada a um alarme. Colocada debaixo do lençol, a placa dispara uma campainha toda vez que é umedecida. É uma espécie de despertador recomendado apenas para crianças maiores de 8 anos.

A enurese requer atenção porque é um distúrbio que pode deixar marcas na personalidade da criança. Ao apresentar o problema, a criança passa a ter medo e insegurança, o que pode comprometer sua auto-estima e desenvolvimento.

O quadro de enurese pode ser caracterizado quando a criança faz xixi na cama com freqüência igual ou superior a duas noites por mês, mas que não tem nenhum outro problema urinário.

As causas da doença ainda não foram descobertas mas acredita-se que um dos principais fatores seja o atraso na maturação do sistema nervoso central, que regula todo o mecanismo.

Suspeita-se também que o problema tenha origem genética. Cerca de 75% dos pacientes com quadro de enurese têm parentes de primeiro grau com o problema.

Outro fator que pode explicar a enurese é um déficit relacionado à produção ou à ação de um hormônio chamado vasopressina, fabricado no cérebro. Ele é responsável pelo controle da micção e envolve uma percepção involuntária do enchimento da bexiga durante o sono.

O tipo mais comum de enurese é de fundo orgânico. De cada 100 pacientes, 85 apresentam atraso no desenvolvimento do controle das funções da bexiga. O segundo tipo é de ordem psicológica. Mudança de escola, separação dos pais ou a chegada de um irmão mais novo são algumas das causas de xixi na cama.

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