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BRASIL: Ministério Público Investiga Instituto Psiquiátrico Forense de Porto Alegre

São Paulo, 2 de abril de 2001 (eHealthLA). O Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) de Porto Alegre está sendo investigado pelo Ministério Público (MP) e o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) . Há alguns dias, um grupo de médicos da entidade realizaram uma rigorosa vistoria no Instituto e constataram diversas irregularidades.

Na última semana, a entidade enviou ao MP um relatório sobre a vistoria. Uma cópia foi remetida também ao IPF. Segundo o presidente do Cremers, Marco Antônio Becker, o IPF tem prazo de 90 dias para a adequação. "Caso a situação não melhore depois disto, tomaremos providências mais enérgicas', declara o dirigente.

Ações estão em curso para transformar o sistema manicomial daquele estado e envolvem diversas entidades. Em recente visita ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e o Ministério Público (MP) constataram irregularidades na casa, que abriga atualmente 635 pacientes, sendo 200 com quadro considerado agudo.

Na vistoria, foram detectados problemas como falta de infra-estrutura, precariedade das instalações e além de recursos humanos insuficientes.

O presidente da Comissão de Fiscalização do Cremers, Henrique Goffermann, ressalta as diferenças entre o IPF e o Hospital Psiquiátrico São Pedro. No último os 760 pacientes são atendidos por 33 psiquiatras, 30 enfermeiras, 20 assistentes sociais e 39 clínicos de outras especialidades.

Enquanto no IPF exitem 22 psiquiatras, um enfermeiro, duas assistentes sociais e nenhum médico de outras especialidades para prestar atendimento.

O MP está recolhendo informações de diversas entidades para anexá-las ao processo civil que avalia as condições do IPF.

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