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São Paulo, 26 de março de 2001 (eHealthLA). A Sindrome Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) também pode acometer crianças. Este mal tem sido cada vez mais freqüente e pode variar de grau leve até risco de morte.
Além disso, tem representado um desafio para os profissionais de otorrinopediatria quanto ao diagnóstico e à melhor terapêutica a ser administrada.
A SAOS pode ser identificada através de episódios recorrentes de diminuição e parada respiratória durante o sono, ou seja, a criança, periodicamente, pára de respirar durante o sono.
Segundo o otorrinolaringologista José Eduardo Dolci, diretor da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, os pais devem sempre estar atentos à noite de sono de suas crianças, pois, diferente dos adultos que quando apresentam estes problemas se queixam de hipersonolência, as crianças não manifestam esta queixa, mesmo porque muitas delas têm o hábito de dormirem durante o dia.
“No entanto, é comum estas crianças respirarem pela boca. Este tipo de respiração, que chamamos de bucal, é o principal alerta", explica o médico.
A causa pode ser de fatores anatômicos, envolvendo qualquer região da via respiratória (da ponta do nariz até a traquéia); anormalidades neuromusculares centrais ou periféricas; ou ainda anormalidades craniofaciais.
As doenças metabólicas (obesidade) também podem ser responsáveis pela apnéia do sono.
Formas de Diagnóstico
O exame otorrinolaringológico completo é necessário para se localizar as áreas de obstrução. Muitas vezes, estas obstruções não são aparentes e pode ser necessária uma endoscopia. “Outro dado importante é que, geralmente, as crianças que apresentam obstrução são pequenas e não conseguem se desenvolver.
Ou então, são crianças obesas”, diz Dolci. Outros exames que podem auxiliar o diagnóstico são a radiografia e a polissonografia. A polissonografia com a utilização de um gravador é o meio mais simples e mais disponível. Na gravação do sono é possível diagnosticar a freqüência, a duração, o tipo e a gravidade da apnéia.
Como Tratar
O tratamento adequado depende da gravidade e a causa da apnéia. No caso das crianças, as opções médicas podem ser cirúrgicas ou clínicas (50% dos casos são devido às renites alérgicas). Em crianças obesas o controle alimentar é fundamental.
No entanto, a terapêutica mais eficaz ainda é a identificação e a remoção da obstrução. Porém, algumas crianças podem apresentar obstrução pós-operatória, portanto é necessário um acompanhamento de perto após qualquer procedimento cirúrgico.
Sinais de Alerta
· Parada respiratória durante o sono
· Sonolência durante o dia (raro)
· Respiração bucal
· Obesidade em alguns casos
· Dificuldades de crescimento (alguns casos)
· Queda do rendimento escolar
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