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Julgamento de Enfermeiras e Médico na Líbia Preocupa AI

SÓFIA, Bulgária (Reuters) - A Anistia Internacional, um grupo de defesa dos direitos humanos, afirmou na quarta-feira estar preocupada com o modo como a Líbia está tratando seis profissionais búlgaros da área de saúde acusados de infectar centenas de crianças líbias com o HIV.

O julgamento dos búlgaros, que começou oficialmente no dia 7 de fevereiro do ano passado, foi adiado oito vezes a pedido da defesa. Os acusados, cinco enfermeiras e um médico, podem ser condenados à morte se forem considerados culpados.

O advogado deles, Osman Byzanti, afirmou na quarta-feira que o julgamento pode ser adiado novamente no sábado.

"Nossa preocupação principal é com a possibilidade de os procedimentos realizados antes do julgamento não obedecerem os padrões internacionais", disse Jurgens Carsten, da seção do Oriente Médio da Anistia Internacional.

"Os búlgaros foram detidos há dois anos e passaram mais de um ano sem assistência médica ou jurídica.

Nossa principal preocupação é com o fato de a Líbia não ter investigado as denúncias de tortura contra os acusados durante o ano que antecedeu o julgamento", afirmou.

Byzanti declarou que dois de seus clientes haviam dito ter confessado sob coação.

O ministro da Justiça da Bulgária, Teodossyi Simeonov, afirmou que os acusados contaram ao cônsul belga na Líbia terem sido torturados e que as enfermeiras haviam sido pressionadas para se converterem ao islamismo.

Autoridades líbias negaram as acusações de tortura e prometeram realizar um julgamento justo.

O caso detonou graves críticas ao governo da Bulgária, acusado de não agir com a energia e rapidez necessárias para ajudar seus nacionais.

Os seis são acusados de ter infectado intencionalmente 393 crianças líbias com derivados de sangue contaminados com o HIV, no que seria, segundo as autoridades, um plano para desestabilizar a Líbia.

Sinopse preparada por Reuters Health

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