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Lésbicas e Mulheres Bissexuais Também Podem Ter Sexo de Risco

30 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). A maioria das lésbicas e mulheres bissexuais tem todos os meses vários episódios de sexo sem proteção que envolvem uma possível troca de secreção vaginal, sangue e sêmen. Poucas, porém, acreditam estar correndo risco de contrair aids ou outra doença sexualmente transmissível (DST).

A pesquisa de Kathleen M. Morrow e Jenifer E. Allsworth, da Escola de Medicina da Universidade de Brown, em Providence (Rhode Island), utilizou uma amostra selecionada em eventos culturais de mulheres, organizações de serviço HIV/DST e coletivos de saúde de mulheres.

Das 504 mulheres que responderam ao questionário, 87 por cento se identificaram como lésbicas e 13 por cento como bissexuais, informaram as pesquisadoras na edição de dezembro do Journal of the Gay and Lesbian Medical Association.

Do total, 88 por cento teve, pelo menos, uma parceira sexual no ano anterior e 27 por cento deste subgrupo informou ter tido mais de uma. Das 17 por cento que tiveram relações com homens no ano anterior, 32 por cento informaram ter tido dois ou mais parceiros.

Mulheres bissexuais foram mais propensas que as lésbicas a relatar múltiplos parceiros sexuais, mas não foram constatadas grandes diferenças entre os resultados de seus testes para HIV atuais em relação a exames mais antigos.

Sexo oral e anal ativo foram relatados por 19 por cento de todas que responderam ao questionário e atividade sexual envolvendo possível exposição a sangue foi informada por 20 por cento das mulheres. Do total, 26 por cento já contraíram doença sexualmente transmissível, mais de duas vezes o índice registrado anteriormente.

Entre as entrevistadas, 84 por cento acreditam que não correram risco de exposição ao HIV ou a outra DST durante o ano anterior. Apenas 21 por cento já sugeriram a adoção de práticas de sexo mais seguras ao parceiro ou parceira sexual.

"Menosprezar estas mulheres por causa de sua orientação sexual auto-identificada ou da hipotética inexistência de risco sexual entre mulheres pode facilitar a expansão da epidemia de aids entre uma população mal definida e por isso difícil de ser atingida", concluíram Morrow e Allsworth.

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