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Mulheres bissexuais são mais propensas a relatarem estupros

08 de outubro de 2021 (Bibliomed). Mulheres bissexuais são mais propensas a relatar experiências de relações sexuais vaginais perpetradas por homens, "não voluntárias" ou "forçadas" durante a vida do que as mulheres heterossexuais, de acordo com os resultados da pesquisa dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Para este estudo, os pesquisadores do CDC usaram dados da Pesquisa Nacional de Crescimento Familiar, que entrevistou mulheres entre 2011 e 2017. Entre as entrevistadas, 36% das mulheres bissexuais relataram casos de sexo não voluntário ou forçado, em comparação com pouco menos de 18% das mulheres heterossexuais e 18% das mulheres que se identificaram como lésbicas ou gays.

Quase 19% das mais de 14.000 mulheres entrevistadas indicaram que experimentaram sexo não voluntário ou forçado em algum momento. Os pesquisadores definiram "sexo não voluntário" como casos em que uma mulher indicou que não escolheu ter a primeira relação sexual vaginal "por sua própria vontade". Sexo era considerado "forçado" quando uma mulher era "forçada por um homem a ter relações sexuais vaginais contra a sua vontade".

As mulheres que disseram não ter certeza de sua atração sexual tinham quase quatro vezes mais probabilidade do que aquelas atraídas apenas pelo sexo oposto de relatar a primeira relação sexual vaginal não voluntária.

Aquelas que se identificaram como lésbicas ou bissexuais e mulheres que relataram atração apenas pelo mesmo sexo tinham maior probabilidade de ter suportado a primeira relação sexual vaginal não voluntária. Além disso, as mulheres não heterossexuais também eram mais propensas a ter experiência de sexo não voluntário ou forçado mais cedo.

Em média, as mulheres lésbicas e bissexuais relataram o primeiro caso de sexo não voluntário ou forçado com menos de 13 anos e pouco menos de 16 anos, respectivamente. Enquanto isso, a idade média mais jovem para o sexo não voluntário ou forçado para mulheres heterossexuais era 17 anos.

Fonte: Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR). DOI: 10.15585/mmwr.mm7038a3.