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Diabete Aumenta Risco de Fratura em Mulheres Idosas

25 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). As mulheres idosas com diabete do tipo 2 podem estar mais propensas a sofrer fraturas, sugere um novo estudo.

De acordo com a pesquisa publicada na edição de janeiro de Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, as mulheres diabéticas com mais de 65 anos estavam cerca de duas vezes mais propensas a sofrer uma fratura no quadril ou no ombro do que aquelas saudáveis, sem levar em consideração a densidade óssea ou o peso corporal.

As mulheres tomando insulina para tratar a doença -- que às vezes pode ser controlada somente com dieta e exercícios -- estavam mais de duas vezes mais propensas a sofrer uma fratura no pé, de acordo com as descobertas.

O estudo aponta um novo fator de risco de fratura em mulheres idosas, que já estão sob risco de apresentar ossos frágeis, explicaram Ann V. Schwartz, da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e sua equipe.

"Os médicos precisam levar em consideração a prevenção de fraturas em mulheres mais velhas com diabete", disse Schwartz.

"Isso pode incluir medidas para prevenir quedas e detectar e tratar a baixa densidade óssea de forma adequada", acrescentou a pesquisadora.

Schwartz e sua equipe sugerem que as condições associadas à diabete, como visão debilitada, lesão nervosa ou mau controle dos níveis de açúcar no sangue, conforme indicado pelo uso da insulina, podem aumentar o risco de fratura.

"Normalmente, o tratamento com insulina indica que a pessoa está tendo mais dificuldade para manter um bom controle glicêmico (açúcar no sangue)", explicou a pesquisadora.

A diabete também pode deixar os ossos mais vulneráveis a fraturas de uma forma que não está necessariamente associada à massa óssea, de acordo com os cientistas.

As descobertas estão baseadas em dados de mais de 9.500 mulheres com 65 anos ou mais que foram acompanhadas por aproximadamente nove anos.

As pacientes com diabete do tipo 2 perderam sua sensibilidade à insulina, o hormônio que regula os níveis de glicose (açúcar) no sangue.

A longo prazo, os altos níveis de glicose no sangue podem aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas e insuficiência renal. O distúrbio também está associado a lesão nervosa, cegueira e um risco maior de amputação.

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