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Brasil: Tecnostress: A Nova modalidade de Stress Afeta Inclusive Crianças

São Paulo, 20 de Novembro(eHLA). A palavra stress é derivada do latim. Durante o século XVII ganhou conotação de "adversidade" ou "aflição". No final do século seguinte, seu uso evoluiu para expressar "força", "pressão" ou "esforço". O conceito de stress não é novo, mas foi apenas no início do século XX que estudiosos das ciências biológicas e sociais iniciaram a investigação de seus efeitos na saúde física e mental das pessoas. Às portas do próximo século, surge uma nova modalidade de doença, provocada pela dependência cada vez maior da tecnologia, o tecnostress. O psicólogo americano Larry Rosen, um dos mais respeitados especialistas no mundo quando o assunto é a relação entre o homem e a tecnologia, garante que o stress tecnológico é equivalente em países menos desenvolvidos, como o Brasil. “A velocidade da tecnologia está alterando nosso relógio biológico. As pessoas querem fazer tudo na velocidade do computador. A conseqüência é que elas estão se programando para correr cada vez mais. Estão vivendo em constante estado de alerta. E isso gera nervosismo, ansiedade. A tecnologia está invadindo nossos limites de seres humanos”, afirma Rosen.

Pesquisas americanas feitas com a geração de crianças criadas com o computador mostram que o limite de paciência delas é muito baixo. O resultado é que estão apresentando cada vez mais problemas na escola, que por si não é um universo multimídia. De acordo com os estudos as crianças se irritam com qualquer atividade demorada. “A tecnologia está mudando nossa percepção de tempo”, diz Rosen.

A Dra. Alice Spozenatto, psiquiatra e professora da Escola Paulista de Medicina, diz que a tecnologia nunca ocupou tanto espaço em nossas vidas. “A questão é que ainda não aprendemos a usa-la de maneira adequada. As nossas emoções e saúde física dependem quase que exclusivamente da interpretação do mundo exterior. A realidade de cada pessoa é o produto de sua própria criação. E quanto mais você entende as pressões e situações que o influenciam, melhor você se adapta às suas demandas”, afirma.

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