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Portadores de dor crônica precisam de orientação para não ficarem dependentes de opioides

10 de agosto de 2017 (Bibliomed). Desenvolver técnicas de orientação e de treinamento podem ajudar a reduzir o risco dos pacientes com dor crônica se tornarem viciados em medicamentos opioides. Isso é o que revela pesquisa publicada no periódico Canadian Journal of Pain.

Substâncias chamadas de drogas opiáceas são aquelas obtidas do ópio; podem ser opiáceos naturais quando não sofrem nenhuma modificação (morfina, codeína) ou opiáceos semissintéticos quando são resultantes de modificações parciais das substâncias naturais (como é o caso da heroína que é obtida da morfina através de uma pequena modificação química).

Mas o ser humano foi capaz de imitar a natureza fabricando em laboratórios várias substâncias com ação semelhante à dos opiáceos: meperidina, o propoxifeno, a metadona são alguns exemplos. Estas substâncias totalmente sintéticas são chamadas de opioides (isto é, semelhante aos opiáceos). Todas elas têm um efeito analgésico (tiram a dor) e um efeito hipnótico (dão sono). Por ter estes dois efeitos estas drogas são também chamadas de narcóticas.

O novo estudo incluiu 343 pacientes que desenvolveram dor crônica após grande cirurgia. Muitos também tiveram depressão importante e estavam tomando altas doses de opioides. Os pacientes se inscreveram em um programa de tratamento da dor a longo prazo no Hospital Geral de Toronto. Aqueles que estavam dispostos a diminuir seus opioides foram encaminhados para um psicólogo clínico.

Em vez de ceder a sua dor, os pacientes foram encorajados a prosseguir atividades significativas da vida, tomar consciência dos pensamentos e sentimentos que acompanham a dor e aceitar experiências difíceis, como a própria dor. Essas habilidades, conhecidas como aceitação e terapia de compromisso, podem ser ensinadas em três ou quatro sessões. Ao longo de dois anos, eles levaram a reduções significativas no uso de opioides, depressão e rupturas relacionadas à dor da vida diária, descobriram os pesquisadores.

Fonte: Canadian Journal of Pain. DOI:10.1080/24740527.2017.1325317

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