Hipertireoidismo aumenta risco de fibrilação atrial

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Saúde da família

destaque_desfibriladorUma revisão de 11 estudos realizados na Austrália, Europa e Estados Unidos descobriu que pessoas com disfunções tireoidianas são mais propensas a desenvolverem fibrilação atrial. Essa é uma doença caracterizada por batimentos cardíacos irregulares que afeta cerca de 175 milhões de pessoas no mundo e é considerada a segunda principal causa de morte mundial. A fibrilação atrial é uma doença associada ao avanço da idade, mas tem sido diagnosticada com mais frequência em pacientes jovens.

A glândula tireoide é uma pequena glândula no pescoço. Em resposta ao hormônio estimulante da tireoide liberado pela glândula pituitária, a glândula secreta hormônios tireoidianos necessários para regular o metabolismo energético. Pessoas com produção excessiva de hormônios tireoidianos têm o chamado hipertireoidismo, enquanto que aqueles que produzem esses hormônios em quantidade inferior ao considerado normal, têm o chamado hipotireoidismo.

Realizada no Hospital Universitário de Bern, na Suiça, a revisão mostrou que a fribrilação atrial é mais frequente em pessoas com elevados níveis de tiroxina livre (T4-livre). O hipertireoidismo foi associado com um risco até 45% maior de desenvolvimento de fibrilação atrial quando comparado a controles.

Apesar de ser mais frequente em pacientes com hipertireoidismo, aqueles com hipotireoidismo também devem ser verificados para fibrilação atrial, uma vez que o tratamento para a esta disfunção se dá com a ingestão de medicamentos à base de T4-livre.

Fonte: Circulation. 2017; October 23, 2017; DOI: /10.1161/CIRCULATIONAHA.117.028753

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