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Doenças Infantis em Adultos: Conheça Aqui os Seus Perigos

Os adultos que contraem doenças infantis como rubéola, sarampo, caxumba e coqueluche (tosse comprida) apresentam sintomas muito mais intensos que as crianças.

As seqüelas também costumam ser graves. Em alguns casos mais sérios há o risco de surgir inflamação cerebral, esterilidade, lesões neurológicas e pulmonares, além de diabetes (em pessoas com propensão para desenvolver a doença).

A criança enfrenta melhor as doenças infantis porque têm um sistema imunológico diferente do adulto. Quando nasce, o bebê traz consigo anticorpos herdados da mãe.

Por volta dos três meses após o parto, estes anticorpos começam a diminuir, mas a multiplicação celular do organismo infantil é muito mais rápida do que a de uma pessoa em idade adulta.

Quanto mais jovem é um organismo, mais rapidamente o tecido linfóide, imunologicamente ativo, produz defesas. Por isso, os sintomas das doenças infantis costumam ser mais sérios nos adultos.

Contágio

A coqueluche, rubéola e o sarampo são transmitidos por meio do contato direto com pessoas infectadas através de material procedente da nasofaringe pela tosse, espirro, fala etc.

A catapora (varicela) também é transmitida diretamente através das vias aéreas superiores.

Nos adolescentes e adultos aumenta a incidência de complicações da caxumba como lesões neurológicas, miocardite - inflamação do coração - (é a complicação mais comum e mais grave), desenvolvimento de diabetes e esterilidade em homens e mulheres. As complicações dependem basicamente do grau de virulência do microorganismo causador, mas o organismo adulto também reage mais lentamente.

Em casos extremos, o sarampo pode acometer os sistemas nervoso e respiratório, causando alterações neurológicas ou psicológicas e broncopneumonia, principalmente quando a pessoa afetada está subnutrida e com alguma anormalidade na resposta imunológica. A coqueluche acomete, principalmente, as crianças menores de cinco anos, sendo a broncopneumonia a mais comum e a mais grave complicação respiratória.

Orientação

O estado geral e a idade do paciente são fundamentais para que o profissional possa avaliar a gravidade do quadro. Também devem ser levadas em consideração o estado imunológico do indivíduo, convalescenças de outras doenças, etc.

A vacinação do adulto pode ser tão eficaz quanto na infância. Sua prescrição, entretanto, deve ser cautelosamente recomendada pelo médico. Na imunização ativa de imunodeficientes e imunossuprimidos duas questões principais devem ser enfocadas: a segurança e a eficácia do procedimento, que gera o uso de vacinas específicas e imunoglobulinas.

Medicamentos imunossupressivos para o tratamento do câncer - que fazem com que as resistências orgânicas sejam temporariamente diminuídas - são incompatíveis com vacinas, aguarda-se na maioria das vezes um intervalo de no mínimo três meses após o término do tratamento.

As doenças infantis em adultos costumam fazer que com que as pessoas fiquem fora de suas atividades normais por mais tempo que uma criança com a mesma doença. Nestes casos, um dos melhores remédios é o repouso.

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