Saúde e Nutrição

Genética pode desempenhar papel na seletividade alimentar

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Algumas pessoas, especialmente crianças, podem desenvolver seletividade alimentar, que pode durar até o início da adolescência. Muitos pais se culpam por isso, acreditando que cometeram algum erro na introdução alimentar que levou seus filhos a serem tão seletivos na hora de comer, mas uma nova pesquisa realizada na University College London, na Inglaterra, sugere que a genética pode ter um papel muito importante nesse processo.

Os pesquisadores acompanharam 2.400 pares de gêmeos do nascimento até os 13 anos de idade. Os pais deveriam preencher formulários sobre o comportamento alimentar de cada um.

Para ajudar a descobrir influências genéticas, os pesquisadores compararam gêmeos fraternos, que compartilham 50% de seus genes, com gêmeos idênticos que compartilham 100% de seus genes.

Os resultados mostraram que os gêmeos fraternos eram muito menos semelhantes em sua alimentação exigente do que gêmeos idênticos, apontando para uma grande influência genética no comportamento.

Os padrões de alimentação exigente entre gêmeos idênticos também começaram a se tornar mais diferentes conforme as crianças ficavam mais velhas, indicando que fatores ambientais começam a moldar os comportamentos alimentares de pré-adolescentes e adolescentes.

Embora fatores genéticos possam ser a influência predominante para a exigência alimentar, o ambiente também desempenha um papel de apoio. Na pesquisa, os fatores ambientais foram responsáveis por cerca de um quarto das diferenças individuais entre as crianças quando se tratava de alimentação seletiva.

Meu conselho para quem sofre com esse problema com os filhos é estimular a criança a experimentar novos alimentos, em diferentes formas de preparo, explicando sempre a importância de uma alimentação completa e rica em nutrientes.

Isolda Vasconcelos, nutricionista*.

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*Isolda Vasconcelos é nutricionista, pós-graduada em Fitoterápicos e em Obesidade e Emagrecimento pelo Hospital Albert Einstein.

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