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Jovens tímidos podem sofrer de fobia social

18 de outubro de 2011 (Bibliomed).  A timidez em adolescentes pode ser um problema mais sério do que se acredita. De acordo com um novo estudo desenvolvido nos Estados Unidos, uma pequena parcela dos jovens que têm timidez podem estar sofrendo de fobia social.

O estudo avaliou dados de cerca de 10.123 adolescentes americanos e 6.483 pais. Foram feitas entrevistas pessoais com os participantes, que responderam perguntas sobre uso de medicamentos controlados e seus níveis de timidez e ansiedade, além de serem avaliados também quanto a sintomas de fobia social.

Os pais tiveram tendências maiores de classificarem seus filhos como tímidos do que os próprios adolescentes. 62,4% dos pais fizeram essa classificação enquanto apenas 46,7% dos jovens disseram ter timidez. Dentre os adolescentes que disseram serem tímidos, 12,4% do grupo poderia ser diagnosticado com fobia social. Dentre os jovens que foram vistos como tímidos por seus pais, 10,6% poderiam receber o mesmo diagnóstico.

A fobia social é um medo debilitante e persistente cujo diagnóstico em crianças e adolescentes é controverso. Os médicos têm problemas em identificar quando a timidez normal se torna uma condição médica.

De acordo com o estudo, os jovens que apresentaram sintomas dessa fobia corriam mais riscos de terem depressão, ansiedade, problemas com abuso de substâncias, dificuldades sociais e distúrbios psicológicos. As probabilidades de os jovens classificados apenas como tímidos sofrerem os mesmos problemas são menores. Assim, os resultados encontrados pelos pesquisadores podem indicar que a fobia social é uma condição mais séria do que a timidez normal, merecendo atenção e cuidados médicos.

“Apesar de muitos adolescentes com fobia social demonstrarem incapacidades, os resultados sugerem que poucos procuram ou obtém ajuda profissional. Reivindicações persistentes que questionam a severidade dessa condição entre jovens irão provavelmente fazer pouco para a alteração dos seus cursos”, afirmam os pesquisadores.

O estudo foi publicado no periódico Pedriatrics.

Fonte: Live Science 17 de outubro de 2011.

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