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Meias de compressão ajudam a melhorar a apneia obstrutiva do sono

05 de agosto de 2011 (Bibliomed). De acordo com pesquisadores europeus, usar meias de compressão pode ser uma maneira simples de reduzir os efeitos da apneia obstrutiva do sono em pacientes com insuficiência venosa crônica.

"Descobrimos que em pacientes com insuficiência venosa crônica, meias de compressão reduziram o acumulo de líquidos durante o dia nas pernas, o que, por sua vez, reduziu a quantidade de líquido que flui para o pescoço à noite, diminuindo assim o número de apneias e hipopneias em mais de um terço", diz Stefania Redolfi, da Universidade de Brescia, na Itália, que liderou a pesquisa.

A insuficiência venosa crônica ocorre quando as veias não conseguem bombear sangue sem oxigênio de volta ao coração, e, frequentemente, afetam as pernas.
Em pessoas ativas, acúmulo de líquido nas pernas é contrabalançado por contrações musculares que espremem as veias. No entanto, ficar períodos prolongados sentado pode evitar este processo e o líquido acumulado nas pernas pode migrar para outras partes do corpo durante a noite. Esta mudança resulta em acúmulo de líquido no tecido pescoço, o que pode elevar o número de eventos de apneia, já que aumenta o volume do tecido, levando ao colapso repetitivo da faringe durante a respiração noite.

Em indivíduos que têm insuficiência cardíaca ou hipertensão, a quantidade de fluido no corpo durante a noite é fortemente correlacionada com o grau de aumento na circunferência do pescoço e do número de apneias e hipopneias por hora de sono.

"Trabalhamos com a hipótese de que o acúmulo de líquido que ocorre nas pernas de pessoas com insuficiência venosa crônica seria reduzido através do uso de meias de compressão, e que a redução no fluido irá também reduzir a mudança de que o fluido no pescoço durante a noite", disse Dra. Redolfi. "Há fortes evidências ligando essa mudança noturna do fluido à apneia. Se reduzirmos esse processo, podemos esperar que os eventos de apneia sejam igualmente reduzidos", completa.

Fonte: EurekAlert!, 04 de agosto de 2011

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