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Frequência pré-escolar dos filhos afeta carreira das mães

06 de julho de 2011 (Bibliomed). Mulheres com filhos pequenos podem ter uma participação até 28% maior no mercado de trabalho quando as crianças freqüentam a pré-escola. A afirmação vem de um estudo realizado na Universidade de São Paulo (USP). Segundo Jaqueline Severino da Costa, autora da pesquisa, as mães só voltam a trabalhar quando colocam a criança na escola ou quando contratam uma pessoa para cuidar do filho.

Para realização da pesquisa, Jaqueline utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2002 e 2008. Através de uma análise instrumental econométrica de regressão descontínua, os dados foram aproximados e comparados, levando-se em consideração as famílias com filhos de idade inferior a cinco anos.

A pesquisa mostrou que a freqüência pré-escolar dos filhos aumenta em aproximadamente 28% a vida ativa das mães no mercado de trabalho, e a jornada de trabalho sobre em 19 horas semanais. Contudo, esse aumento não é refletido em aumento salarial. “A escolaridade das mães pode ter um peso maior sobre os salários, inibindo a influência de outros fatores, como a jornada de trabalho”, afirma Jaqueline.

A pesquisa também mostrou que a data de nascimento influencia na frequência pré-escolar infantil. Geralmente, crianças que completam cinco anos até o dia 1º de março podem frequentar a pré-escola, o que não acontece com quem faz aniversário depois dessa data e acabam entrando um ano depois na escola. Segundo a pesquisadora, essas crianças teriam 3% menos chances de frequentar a pré-escola. “Parece um valor pequeno, mas na realidade não é. E essas crianças não frequentam a pré-escola apenas por não terem nascido na data estabelecida pelo governo”, lamenta.

Fonte: Agência USP, 04 de julho de 2011

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