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Energia de luz focalizada destrói tumores

23 de junho de 2011 (Bibliomed). A ablação a laser está trazendo esperança a pacientes que antes tinham poucas opções. Usado na Clínica Mayo, nos Estados Unidos, o tratamento destrói células cancerosas através do calor. A técnica, guiada por imagens de ressonância magnética (IRM), foi usada para aquecer e destruir tumores no fígado, rim e próstata.

Eric Walser, radiologista intervencionista da Clínica Mayo, explica que com a ablação a laser é possível alvejar com precisão os tumores e matá-los, sem danificar o resto de um órgão. "Acreditamos que existem vários usos potenciais para essa técnica, o que é muito estimulante", afirma.

A técnica de ablação a laser consiste na introdução de uma agulha no tumor, pela qual a energia da luz é transmitida até destruí-lo. O procedimento é realizado com a orientação do IRM, que é capaz de monitorar com precisão a temperatura dentro e em volta do tumor. Segundo Walser, é a combinação do laser com o IRM que garante o sucesso do tratamento.

Cerca de 15 pacientes já foram submetidos à ablação a laser. Os cientistas trabalham agora na aprimoração da técnica a fim de utilizá-la no tratamento de outros tumores, como os de pulmão, tireóide e ossos. “Os candidatos mais indicados para esse procedimento são os pacientes com um tumor solitário ou com um câncer metastático que ainda está confinado a um órgão", Walser explica.

Tumores com 5 centímetros de diâmetro ou menores são mais receptivos a esse tipo de tratamento. Já os maiores são tratados com radio e quimioterapia. Contudo, a ablação a laser não pode ser aplicada em qualquer paciente. Como o procedimento é realizado dentro do aparelho de IRM, pessoas com marcapassos ou outros implantes metálico não podem fazê-lo.

Apesar de o procedimento ser rápido, com duração aproximada de 2,5 minutos no caso de tumores no fígado e no rim, o paciente é submetido à anestesia geral para impedir que ele se movimente durante a realização do mesmo. Geralmente, o paciente pode voltar para casa no mesmo dia, e os efeitos colaterais, como dores, desaparecem em uma semana.

Fonte: Diário da Saúde, 22 de junho de 2011

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