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Obesidade leve pode melhorar sobrevida de pacientes com ELA

13 de maio de 2011 (Bibliomed). Enquanto para a grande maioria o sobrepeso pode indicar prejuízos à saúde, para pessoas com esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, ele pode aumentar a expectativa de vida.

Em pesquisa realizada com 400 pacientes com ELA, no Massachusetts General Hospital (MGH), cientistas descobriram que aqueles que estavam com obesidade leve sobreviveram por mais tempo que os pacientes que tinham peso normal, baixo peso ou mesmo obesos.

Anne-Marie Wills, autora da pesquisa, diz que já se sabe há algum tempo que estar abaixo do peso diminui a expectativa de vida para pacientes com ELA, e vários estudos em modelos animais têm demonstrado que o ganho de peso está associada com aumento da sobrevida.

"Nosso estudo foi projetado para investigar como os níveis de colesterol afetam a sobrevivência. Ficamos surpresos ao descobrir que o índice de massa corporal (IMC) fez uma grande diferença na sobrevida dos pacientes com idade entre 30 e 35 anos. Aqueles com IMC entre 30 e 35, que seriam considerados clinicamente obesos leves, viveram o mais tempo e os pacientes que estavam com sobrepeso, com IMC de 25 a 30, viveram a segunda mais longa", explica Wills.

A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta os neurônios motores no cérebro e medula espinhal. A morte destas células nervosas interrompe a transmissão de impulsos nervosos a fibras musculares, levando à paralisia, fraqueza e, geralmente, a morte por insuficiência respiratória. Em consequência da doença, os pacientes perdem massa muscular e peso.

Estudos têm demonstrado que pacientes com ELA queimam mais calorias do que seria esperado de sua atividade física limitada, mas o mecanismo para essa alteração metabólica é atualmente desconhecida. Segundo os especialistas, ainda não é possível saber se o ganho de peso é benéfico, mas acreditam que a melhora de vida deve-se ao aumento das reservas de energia para essas pessoas.

Fonte: EurekAlert, 11 de maio de 2011

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