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Esvaziamento axilar pode ser evitado em alguns casos de câncer de mama

28 de março de 2025 (Bibliomed). Um novo estudo sugere que, em pacientes com câncer de mama em estágio inicial (T1 ou T2) sem sinais clínicos de linfonodos comprometidos, pode não ser necessário realizar a cirurgia de linfonodos axilares, sem comprometer a sobrevida.

A pesquisa, parte do ensaio clínico INSEMA, acompanhou 4858 pacientes por mais de seis anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: um submetido à cirurgia axilar convencional com biópsia do linfonodo sentinela e outro que evitou completamente a cirurgia na axila. Após cinco anos, a taxa de sobrevida livre de doença invasiva foi de 91,9% no grupo sem cirurgia e 91,7% no grupo com cirurgia, demonstrando que a omissão do procedimento foi não inferior à abordagem tradicional.

Embora as taxas de recorrência na região axilar tenham sido ligeiramente maiores no grupo sem cirurgia (1,0% contra 0,3%), este grupo apresentou benefícios significativos, incluindo menor incidência de linfedema, maior mobilidade do braço e menos dores relacionadas ao movimento.

Os pesquisadores destacam que essa abordagem pode melhorar a qualidade de vida das pacientes, reduzindo complicações pós-operatórias, especialmente em casos de câncer inicial com baixo risco de disseminação. No entanto, é importante avaliar cuidadosamente cada caso individualmente antes de decidir omitir a cirurgia axilar.

O estudo reforça a necessidade de personalizar o tratamento do câncer de mama, levando em conta tanto a eficácia quanto o impacto na qualidade de vida das pacientes.

Fonte: The New England Journal of Medicine.  DOI: 10.1056/NEJMoa2412063.

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