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Quase um terço dos brasileiros tem pressão alta, alertam especialistas

17 de maio de 2010 (Bibliomed).  Aproximadamente 30% da população adulta brasileira sofre de hipertensão, aumentando consideravelmente as taxas de infartos, derrames e insuficiência renal, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Em ocasião ao Dia Mundial da Hipertensão Arterial, celebrado nesta segunda-feira, dia 17, os especialistas alertam que o fato de mais de 30 milhões de brasileiros terem pressão alta e muitos deles não saberem disso é preocupante e exige abordagens urgentes de saúde pública para conscientização e prevenção.

“Cerca de 36% dos homens e 30% das mulheres sofrem de hipertensão, e metade dos hipertensos não sabe disso. Dos que sabem, apenas 10% têm a pressão arterial controlada”, alerta o médico Marcus Malachias, especialista em hipertensão da SBC, em entrevista por telefone. “Nos preocupamos também com crianças e jovens, pois 5% já apresentam pressão alta, o que é muito expressivo, visto que, quanto mais cedo surge o problema, maiores as chances de as pessoas sofrerem os danos associados à hipertensão”, acrescentou.

Dados do Ministério da Saúde indicam que a hipertensão é responsável por 47% dos infartos, 54% dos derrames e 37% dos casos de insuficiência renal no país. E, de acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, um em cada dois indivíduos acima de 60 anos possui a doença, além de, independentemente da faixa etária, pelo menos uma em cada sete pessoas sofrer de pressão alta.

Prevenção e tratamento

De acordo com o cardiologista Marcus Malachias, fatores genéticos e ambientais aumentam os riscos de hipertensão igualmente. Por isso, é recomendado combater o sobrepeso, o estresse e o sedentarismo, principalmente para aqueles que têm histórico de hipertensão na família.

Entre as principais medidas preventivas, o especialista recomenda a prática regular de atividades físicas e uma alimentação equilibrada - com frutas, hortaliças e grãos integrais. “Manter um peso saudável, com IMC 25; controlar o conteúdo de sal na alimentação, com no máximo 5g de sal diariamente; e a prática de atividades físicas, com exercícios por, pelo menos, três vezes por semana; além do controle do estresse, preservando as horas de sono, de lazer, e da alimentação são as principais medidas para se prevenir a hipertensão”.

Para as pessoas que já apresentam pressão alta, os especialistas destacam que a adesão ao tratamento - que também inclui dieta balanceada e prática de exercícios, além do uso regular da medicação recomendada - se torna cada vez mais necessária para manter a pressão sob controle e garantir sua qualidade de vida. “É muito difícil controlar a hipertensão apenas com abordagens no estilo de vida - 80% a 90% dos pacientes precisam do uso do remédio -, mas dietas, exercícios e controle do estresse ajudam consideravelmente a melhorar os resultados do tratamento”, disse o médico.

De acordo com o cardiologista, por ser assintomático, o hipertenso acaba não dando valor ao tratamento, mas “a falta de controle da pressão pode reduzir a expectativa de vida em até 16 anos e meio”. “Medicamentos recentes possuem diferenciais capazes de combater a doença com mais eficácia e menos efeitos colaterais, auxiliando o paciente a equilibrar a pressão arterial e a proteger os órgãos-alvo, como coração e rins", explicou o médico, acrescentando que “o tratamento é essencial para não apenas evitar a morte como para reduzir os riscos de sequelas e doenças associadas, e melhorar a qualidade de vida”.

Fonte: In Press Porter Novelli Assessoria de Comunicação. 13 de maio de 2010.

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