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Hipertensão arterial pode ser confundida com sintomas da menopausa

23 de fevereiro de 2021 (Bibliomed). A pressão alta é frequentemente descartada como parte dos sintomas da menopausa em mulheres mais velhas, e isso pode aumentar o risco de uma mulher ter problemas cardíacos, alertam os especialistas da European Society of Cardiology (ESC).

Os pesquisadores notaram que complicações na gravidez e menopausa precoce aumentam o risco de doenças cardíacas nas mulheres. A pré-eclâmpsia - marcada por pressão alta, inchaço e outros sinais de danos aos órgãos durante a gestação - está associada a um aumento de quatro vezes na insuficiência cardíaca e na hipertensão arterial e um risco dobrado de acidente vascular cerebral mais tarde na vida.

Mulheres que entram na menopausa antes dos 40 anos também apresentam risco aumentado de doenças cardíacas. Cada ano de menopausa precoce está associado a um risco 3% maior. Condições inflamatórias autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus, também aumentam o risco de doenças cardíacas na menopausa.

Segundo os especialistas, se a pressão arterial não for tratada quando as mulheres estiverem na casa dos 40 ou 50 anos, elas terão problemas na casa dos 70, quando a hipertensão é mais difícil de tratar.

O documento da ESC fornece orientações sobre como gerenciar a saúde cardíaca durante a menopausa, após complicações na gravidez e ao lado de outras condições, como câncer de mama e síndrome do ovário policístico. Ele destaca o importante papel de um estilo de vida e dieta saudáveis.

Embora a terapia hormonal possa aliviar os sintomas da menopausa, como suores noturnos e ondas de calor em mulheres com mais de 45 anos, os fatores de risco de doenças cardíacas precisam ser avaliados antes de iniciar a terapia, afirma a orientação.

O documento também oferece conselhos para mulheres transexuais (pessoas designadas como homens no nascimento), já que elas precisam de terapia hormonal para o resto de suas vidas e o risco de coágulos sanguíneos aumenta com o tempo. Como tal, eles devem ser sempre incentivados a reduzir os riscos modificáveis ??do estilo de vida, de acordo com o documento.

Fonte: European Heart Journal. DOI: 10.1093/eurheartj/ehaa1044.