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Estudo aponta mecanismo pelo qual o colesterol alto causa arritmias cardíacas

25 de agosto de 2009 (Bibliomed). O colesterol alto pode afetar o fluxo de correntes elétricas que geram os batimentos cardíacos, causando arritmias importantes, segundo cientistas da Universidade de British Columbia, no Canadá. De acordo com os especialistas, muitos estudos vêm apontando essa associação entre o colesterol e as arritmias, mas ainda não estão claros os mecanismos por trás dessa relação.

Em condições normais, o coração bate em uma frequência que varia de 60 a 100 vezes por minuto. Os estímulos responsáveis pelo ritmo cardíaco são representados por uma espécie de corrente elétrica que é transmitida por todo o coração através de estruturas que poderiam ser grosseiramente comparadas a fios condutores. E, de acordo com os pesquisadores, o colesterol pode interferir nessas estruturas, causando arritmias e até paradas cardíacas.

Em testes com ratos adultos e células humanas, os pesquisadores descobriram que o colesterol alto pode afetar as correntes elétricas através de um canal de potássio chamado Kv1.5, uma proteína que facilita o fluxo das cargas elétricas nas células cardíacas. As análises mostraram também que a redução do colesterol ajudava a normalizar as estruturas envolvidas na atividade elétrica, regulando os batimentos cardíacos.

Baseados nos resultados, os pesquisadores concluíram que o colesterol alto bloqueia o funcionamento dessas proteínas, enquanto a redução do colesterol aumenta sua função, ajudando a regularizar o ritmo cardíaco. "Esse processo pode ser um mecanismo importante para a regularização das propriedades cardíacas elétricas e pode contribuir para o entendimento dos efeitos cardíacos das drogas de redução de lipídios", explicaram os autores.

Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences. 17 de agosto de 2009.

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