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Exame de triagem neonatal poderia detectar precocemente doença cardíaca

13 de janeiro de 2009 (Bibliomed). A realização de um teste que mede os níveis de oxigênio no sangue – a oximetria de pulso – antes de dar alta ao recém-nascido melhora a detecção de doença cardíaca congênita e pode salvar vidas, segundo estudo publicado este mês no British Medical Journal. De acordo com os especialistas, a baixa taxa de falsos positivos e a menor necessidade de tratamento com o diagnóstico precoce conferem um bom custo benefício a esse exame.

Os pesquisadores destacam que a técnica de triagem atual para essas anormalidades em recém-nascidos, incluindo exame clínico de rotina logo após o nascimento, falha em detectar muitos dos bebês doentes – cerca de 30% deixam o hospital sem que a anormalidade seja detectada, o que pode levar a complicações, como colapso circulatório com danos nos órgãos, e até à morte.   

Para avaliar a eficácia da oximetria no diagnóstico precoce da doença cardíaca congênita, os pesquisadores analisaram dados de quase 40 mil recém-nascidos que participaram de um programa de triagem na Suécia, que incluiu o uso da técnica antes do exame clínico de rotina. E compararam os resultados desses bebês com os daqueles triados apenas com o exame convencional.

Os resultados indicaram que, em bebês aparentemente saudáveis e prontos para a alta, uma combinação de exame clínico e oximetria de pulso tinha uma taxa de detecção de 82,8% para doença cardíaca duto-dependente. A taxa de detecção pelo exame convencional, por outro lado, não chegava a 63%. Além disso, a taxa de falsos positivos era menor (0,17%) do que a do exame clínico (1,9%).

De acordo com os pesquisadores, as chances de sair do hospital com a anomalia sem diagnóstico seriam de apenas 8% nas regiões que utilizam a triagem com a oximetria, contra 28% das regiões que usam a triagem convencional. E essa redução poderia significar menor incidência de complicações e mortes pela doença.

Considerando os benefícios e o baixo custo desse tipo de triagem, que representaria apenas cinco minutos a mais nos cuidados com o bebê, especialistas defendem que “uma séria consideração deveria ser dada à sua introdução nos lugares onde a cirurgia cardíaca neonatal é disponível”.

Fonte: EurekAlert. Public release. 08 de janeiro de 2008.

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