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07 de novembro de 2008 (Bibliomed). Filhos de mulheres que tiveram pressão alta severa na gravidez – condição conhecida como pré-eclâmpsia – podem ter menor risco de desenvolver câncer de testículo, segundo estudo publicado na revista científica Cancer Research.
Avaliando 293 casos de câncer testicular e dados de 861 homens sem o câncer, pesquisadores suecos e italianos descobriram que filhos de mulheres que tiveram forte aumento da pressão durante gravidez pareciam ter uma redução de mais de 70% no risco de desenvolver câncer de testículo. E os filhos de mulheres que tiveram um aumento mais leve tinham 62% maior risco.
Embora as razões não estejam claras, os autores especulam que uma reação em cadeia poderia explicar o processo – uma disfunção na placenta causaria um aumento na pressão e/ou um estreitamento dos vasos sangüíneos; e isso, por sua vez, levaria a uma redução na produção de estrogênio, o que reduziria os riscos de câncer testicular no filho. Além disso, a redução nos níveis do hormônio gonadotrofina coriônica humana poderia também cumprir um papel.
De qualquer forma, segundo os pesquisadores, as mães não devem se preocupar com essa relação, pois o fato de não ter hipertensão na gravidez não significa colocar o filho sob maior risco do câncer. E a pré-eclâmpsia, que aumenta os riscos de complicações na gravidez, por si só, não protege contra o câncer de testículo.
Para o pesquisador Andreas Pettersson, líder do estudo, as descobertas provavelmente “têm poucas implicações clínicas e cotidianas”, mas ajudará os cientistas a desvendar os fatores que contribuem para o câncer testicular.
Fonte: Cancer Research. Novembro de 2008.
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