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Filhos de pais obesos podem ser menos inteligentes

08 de setembro de 2021 (Bibliomed). Pessoas obesas antes e durante a gravidez têm maior probabilidade de terem filhos que desenvolvem dificuldades cognitivas e comportamentais à medida que envelhecem, revelou um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Os dados mostram que crianças nascidas de pessoas obesas ou gravemente acima do peso no final da gravidez tiveram escores de QI mais baixos e tiveram um desempenho pior em avaliações comportamentais durante a infância e adolescência do que aquelas nascidas de pessoas com peso saudável.

Aqueles que preencheram os critérios para obesidade com base no índice de massa corporal, uma medida de peso associada à altura, também tiveram taxas mais altas de pressão arterial mais alta durante a gravidez, diabetes gestacional e nascimentos prematuros.

Para este estudo, os pesquisadores analisaram dados de 11.000 grávidas e seus filhos. Eles se concentraram no peso no final da gravidez, que é uma combinação do peso de uma pessoa ao entrar na gravidez e o peso ganho durante a gravidez. Quase 40% das grávidas na análise preencheram os critérios para obesidade durante o terceiro trimestre.

As crianças no estudo foram avaliadas quanto à inteligência aos 6,5 anos, usando o teste Wechsler Abbreviated Scale of Intelligence. Eles pontuaram, em média, cerca de 106 no teste em que pontuações de 130 e acima são consideradas "superiores" e 99 a 109 são "médias".

No entanto, cada aumento de 5 pontos no índice de massa corporal no final da gravidez, ou obesidade, foi associado a uma queda de meio ponto nas pontuações no teste de QI. O índice de massa corporal mais alto no final da gravidez foi associado a altas pontuações no Strengths and Difficulties Questionnaire de 40 pontos, uma avaliação do comportamento.

Para os pesquisadores, é importante que as mulheres tentem engravidar com boa saúde, incluindo um peso saudável se possível e também garantir que sejam examinadas para problemas de saúde como diabetes ou pressão alta, pois a saúde pré-natal é importante para a saúde da mulher e da criança a longo prazo.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.21429.