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Como é o atendimento de parada cardíaca em aeroportos?

24 de outubro de 2025 (Bibliomed). Paradas cardíacas fora do hospital são emergências em que segundos contam. Um novo estudo dos EUA comparou ocorrências em aeroportos com as de outros ambientes públicos e encontrou diferenças marcantes a favor dos terminais aéreos. Usando um grande banco nacional de atendimento pré-hospitalar (2022–2023), os pesquisadores analisaram 1.194 casos em aeroportos e 312.306 em outros locais não residenciais.

Nos aeroportos, a maioria das paradas foi testemunhada (81% vs. 43% em outros locais), e houve mais reanimação cardiopulmonar (RCP) antes da chegada do socorro (63% vs. 48%) e uso de desfibrilador externo automático (DEA) por pessoas no local (56% vs. 32%). Também foram mais frequentes os ritmos chocáveis — aqueles que respondem melhor ao choque elétrico (29% vs. 14%) — e o retorno da circulação espontânea, primeiro passo para a sobrevivência (41% vs. 24%).

Segundo os autores, vários fatores podem explicar o resultado: alta circulação de pessoas, maior chance de alguém presenciar o colapso, DEA bem sinalizados e acessíveis e equipes treinadas. Além disso, a maioria dos casos nos aeroportos teve causa não traumática, típica de eventos cardíacos súbitos.

A principal mensagem para gestores de espaços públicos é clara: o modelo de prontidão dos aeroportos funciona. Replicar boas práticas — mapear pontos de DEA, treinar funcionários e frequentadores em RCP, sinalizar rotas e integrar protocolos com o serviço de emergência — pode salvar mais vidas em shoppings, estádios, metrôs e outros locais de grande movimento.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2025.29759.

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