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Exercício, Mesmo Por Pouco Tempo, Faz Bem ao Coração

NOVA YORK (Reuters Health) - Agora, pessoas que reclamam que não têm tempo para se exercitar podem ficar sem desculpa para fugir da atividade física. Resultados de um amplo estudo de cinco anos com homens idosos demonstram que os exercícios não precisam consumir muito tempo para beneficiar o coração.

Pesquisadores afirmam que a prática de exercícios em curtas sessões de atividade física ao longo do dia fortalece o coração do mesmo modo que uma sessão longa.

Os pesquisadores descobriram que, entre mais de 7.300 homens que relataram seus hábitos de exercícios regulares, o risco de doenças cardíacas não dependia de quanto tempo eles se exercitavam por dia, mas de quantas calorias eles queimavam.

Isso significa que andar por 15 minutos quatro vezes ao dia era tão saudável quanto caminhar por uma hora em uma sessão, disse Howard D. Sesso.

Sesso e sua equipe, da Escola de Saúde Pública Harvard, em Massachusetts, relatam suas descobertas na edição de 29 de agosto de Circulation: Journal of the American Heart Association.

De acordo com Sesso, essas são "notícias promissoras" para pessoas sedentárias que querem começar a se exercitar. "Você não precisa começar com 45 minutos de exercícios de uma vez."

Durante o estudo, homens que queimaram 4.400 calorias por semana por meio da prática de exercícios estavam cerca de 40 por cento menos propensos a desenvolver doenças cardíacas do que homens que queimavam 1.100 calorias por semana.

Se os homens faziam caminhadas, subiam escadas ou praticavam esportes, o que importava era a quantidade de calorias. Além disso, a relação se manteve após os pesquisadores considerarem outras variáveis como dieta, fumo, pressão sanguínea alta e diabete.

Em um estudo separado, Sesso e sua equipe descobriram que exercícios intensos como corridas e natação reduzem o risco de doenças cardíacas em maior extensão do que a atividade moderada.

Entre mais de 12.500 homens de meia-idade e homens idosos, exercícios vigorosos regulares diminuíram o risco de doença cardíaca por mais de 20 por cento, enquanto que a caminhada regular foi relacionada a um declínio de somente 10 por cento.

Isso não significa, entretanto, que o exercício tem que ser intenso para melhorar a saúde do coração. De acordo com Sesso, em conjunto, os dois estudos demonstram que pessoas inativas podem se mexer e fazer atividades físicas durante o tempo possível e pessoas ativas "devem continuar o que estão fazendo".

Sinopse preparada por Reuters Health

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