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Saúde do coração afeta o pensamento e a memória das mulheres

25 de janeiro de 2022 (Bibliomed). O que é bom para o coração é bom para o cérebro, e um novo estudo sugere que a conexão pode ser especialmente crítica para as mulheres. Realizado por pesquisadores da Mayo Clinic em Rochester, nos Estados Unidos, o estudo envolveu mais de 1.800 adultos em seus 50 e 60 anos e descobriu que aqueles com doenças cardíacas, ou fatores de risco para isso, geralmente mostraram um declínio maior em suas habilidades de memória e pensamento ao longo do tempo.

Assim como o coração, o cérebro depende de vasos sanguíneos saudáveis ??para suprir suas células com oxigênio e nutrientes. Pesquisas ao longo dos anos descobriram que muitos dos fatores de risco para doenças cardíacas e derrames também estão ligados a um declínio mais rápido nas habilidades cognitivas à medida que as pessoas envelhecem, e possivelmente a um risco aumentado de demência. Esses fatores de risco incluem pressão alta, colesterol alto, diabetes, tabagismo e obesidade.

Por outro lado, pesquisas sugerem que algumas práticas saudáveis ??para o coração, como exercícios físicos e uma dieta rica em peixes, vegetais e gorduras “boas”, podem ajudar a proteger o cérebro envelhecido. E um ensaio clínico de 2019 descobriu que a redução agressiva da pressão alta em adultos mais velhos reduzia o risco de comprometimento cognitivo leve, incluindo declínios de memória que podem progredir para demência.

Por um lado, as doenças cardíacas em mulheres e homens podem ser diferentes. As mulheres são mais propensas do que os homens a ter disfunção nos vasos sanguíneos menores do corpo, versus bloqueios nos maiores que alimentam o coração. É possível que isso possa contribuir para o declínio cognitivo.

Os pesquisadores basearam suas descobertas em 1.857 adultos com idades entre 50 e 69 anos. A maioria (79%) tinha doença cardíaca ou histórico de acidente vascular cerebral, ou qualquer um dos vários fatores de risco: obesidade, tabagismo, pressão alta, diabetes ou colesterol alto. Os participantes fizeram testes padrão de memória e outras habilidades cognitivas no início e depois a cada 15 meses.

Os pesquisadores descobriram que, embora os fatores de risco cardiovascular fossem mais comuns em homens, eles tiveram um impacto maior no desempenho cognitivo das mulheres ao longo do tempo. Entre as pessoas com doenças cardíacas, por exemplo, as mulheres mostraram o dobro da taxa de declínio que os homens tiveram em sua pontuação geral composta.

Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000013174.