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Exame com Aroma Pode Ajudar a Detectar Risco de Alzheimer

WASHINGTON (Reuters) - Um teste simples de identificação de aromas pode ajudar os médicos a determinar quais pacientes com problemas cognitivos brandos vão desenvolver a doença de Alzheimer. A conclusão foi anunciada na segunda-feira e publicada na edição de setembro do American Journal of Psychiatry.

Na pesquisa do Centro Médico Presbiteriano de Columbia, em Nova York, financiada pelo Instituto Nacional de Saúde, os pesquisadores aplicaram um teste com 15 a 20 minutos de duração em 90 homens e mulheres com uma média de idade de 67 anos que tiveram uma diminuição de memória e problemas de cognição.

Com o teste de "arranhar e cheirar", os participantes foram expostos a 40 aromas diferentes como mentol, amendoim e sabão e solicitados a identificar cada odor entre quatro alternativas.

Os pesquisadores acompanharam os pacientes por 20 meses em média e descobriram que nenhuma das 30 pessoas que se saíram bem no teste desenvolveram a doença de Alzheimer. Mas 19 dos 47 pacientes que tiveram dificuldade em identificar os aromas desenvolveram a doença e 16 de um total de 19 pacientes relataram ter o olfato bem desenvolvido na época do teste.

Conforme os pesquisadores, as descobertas sugerem que a inabilidade para reconhecer cheiros, combinada à ausência da consciência da diminuição da percepção de odores, podem ser um sinal de impedimento causado pela doença de Alzheimer.

Para o chefe da equipe de pesquisa, D.P. Devanand, os resultados fazem sentido porque os cientistas sabem que os caminhos para a percepção do aroma foram danificados nos pacientes com Alzheimer. Mas ele alerta que as descobertas devem ser confirmadas por mais estudos.

Para Devanand, enquanto não existe cura para a doença de Alzheimer, a observação precoce da doença poderia ajudar os pacientes a conseguir tratar os sintomas mais cedo. "Se as pessoas ficam sabendo, podem planejar suas vidas com antecedência e algumas vezes os membros da família podem desejar saber se têm um risco familiar. Se houver medicamentos melhores disponíveis, o diagnóstico precoce seria ainda mais benéfico", disse o pesquisador.

Cerca de 12 milhões de pessoas, incluindo 4 milhões de norte-americanos, têm a doença de Alzheimer, um distúrbio fatal que é a maior causa de demência nos idosos. Alguns clínicos têm usado testes de imagem para predizer o risco de Alzheimer mas esses testes não são conclusivos e são muito mais caros que os teste do aroma, disse Devanand.

Sinopse preparada por Reuters Health

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