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Aromaterapia pode ajudar no tratamento da depressão

28 de maio de 2024 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, acreditam que a aromaterapia pode ajudar as pessoas a se recuperarem da depressão, ajudando-as a relembrar com mais clareza memórias específicas, muitas vezes positivas. Segundo eles, os aromas são mais eficazes do que as palavras para evocar a memória de um evento específico.

Para o estudo, os pesquisadores pediram a 32 adultos com transtorno depressivo maior que recordassem uma memória específica, não importando se era boa ou ruim, enquanto respiravam frascos de vidro contendo fortes aromas familiares. Os aromas variavam de laranja a café moído, graxa de sapato e a distinta nitidez de eucalipto do Vicks VapoRub.

Estudos anteriores descobriram que as pessoas com depressão grave são menos capazes de recorrer a memórias específicas das suas vidas. Para os pesquisadores, isso pode contribuir para a depressão porque os pacientes repetirão pensamentos autodepreciativos como “Eu sou um fracasso” ou “Eu brigo muito com meus amigos”. Eles são incapazes de lembrar eventos que possam demonstrar o contrário.

Os pesquisadores pensaram que a região do cérebro conhecida como amígdala poderia ser usada para ajudar a quebrar esse ciclo. A amígdala controla a resposta de “lutar ou fugir” e ajuda a direcionar a atenção e o foco para eventos específicos. As evidências mostram que os odores desencadeiam memórias que parecem vívidas e reais porque envolvem diretamente a amígdala.

Os resultados mostram que a recuperação da memória foi mais forte em indivíduos deprimidos que receberam sinais de odor em oposição a sinais de palavras. Por exemplo, eram mais propensos a recordar eventos específicos, como ir a um café na sexta-feira, do que memórias gerais de terem ido a um café antes.

As memórias estimuladas pelos odores também eram significativamente mais vívidas, envolventes e reais. Além disso, os participantes também eram mais propensos a se lembrar de eventos positivos, embora não tivessem recebido nenhuma orientação sobre o que lembrar.

Agora, os pesquisadores planejam usar um scanner cerebral para provar que os aromas realmente envolvem a amígdala, e fazem isso melhor do que as palavras.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2023.55958.

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