Notícias de saúde
08 de março de 2007 (Bibliomed).
O infarto do coração é uma situação associada a elevado risco de morte. Apesar das inegáveis melhoras obtidas no tratamento do indivíduo infartado, após o advento das unidades coronarianas de cuidados intermediários, o infarto ainda representa um evento de grande risco de óbito e associado à seqüelas definitivas.
Além deste risco de desfecho fatal, verificado no momento do infarto, as primeiras semanas que se seguem ao evento cardíaco são consideradas de maior risco, uma vez que o coração é mais susceptível a distúrbios do ritmo e da condução dos impulsos elétricos. Uma situação que pode piorar a evolução do recém - infartado é a depressão, segundo afirma um grupo de pesquisadores, que escreveram um estudo na revista Psychosomatic Medicine, em 2007.
Os autores revelam que a depressão pode modificar o funcionamento do sistema nervoso autônomo, o qual controla a velocidade dos batimentos cardíacos. A pesquisa foi conduzida com 666 pessoas, que recentemente sofreram um infarto do coração, sendo que 316 destes eram portadores de transtorno depressivo.
Os resultados divulgados demonstraram, que a presença de batimentos cardíacos prematuros e anormais, era mais observado nos infartados com quadro de depressão, em comparação com os que não apresentavam tal distúrbio psíquico. Além disso, verificou-se que a mortalidade tardia (após dois a três anos da ocorrência do infarto) era maior dentre os portadores de depressão.
Assim, conclui-se que o diagnóstico e o controle adequado dos quadros depressivos, nas pessoas que sofreram infarto do coração, pode melhorar a sobrevida e reduzir a demanda de esforço a que é submetido o coração. Com isso, também é possível obter uma melhor qualidade de vida após o evento cardíaco.
Fonte: Psychosomatic Medicine; 69: 4 – 9 (2007). 10.1097/01.psy.0000249733.33811.00.
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