Notícias de saúde

Parceria auxilia no combate à hepatite C

14 de Abril de 2003 (Bibliomed). Uma parceria entre pesquisadores brasileiros e norte-americanos vai ajudar a identificar e tratar pacientes em estágios iniciais de hepatite C, doença que atinge cerca de 170 milhões de pessoas em todo o mundo. Principal causa de transplantes de fígados, a hepatite C pode ser mais facilmente combatida quando diagnosticada logo no início de seu processo infeccioso. Isso acontece porque, transmitido por exposição a sangue contaminado e seus derivados, o vírus da hepatite C sofre mutações e causa numerosos problemas hepáticos quando se instala no organismo.

Dessa forma, conforme a doença progride e se torna crônica – o que acontece em 80 a 85% dos casos –, passam a existir diferentes formas do vírus atacando células hepáticas. “Combater a hepatite C é mais fácil quando a infecção está no início e há somente um tipo de vírus”, explicou a médica-cirurgiã Lia Laura Lewis-Ximenez, pesquisadora do Departamento de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

Como a maioria dos pacientes com hepatite C não apresenta sintomas, a infecção só é descoberta, em geral, quando as funções hepáticas já estão bastante comprometidas. “Pessoas com quadro crônico de hepatite C podem desenvolver cirrose (deposição de tecido fibroso nas áreas lesionadas do fígado, com conseqüente perda de funcionalidade do órgão) e até hepatocarcinoma (câncer de fígado)”, disse a pesquisadora.

O trabalho conjunto dos pesquisadores do IOC e dos cientistas do Massachusetts General Hospital (vinculado à Harvard Medical School, nos Estados Unidos) também visa a investigar a evolução do paciente e a do HCV durante a infecção, assim como compreender a ação das células do sistema imunológico em resposta ao ataque viral. A parceria e a situação da hepatite C foram apresentadas em reunião do Centro de Estudos do IOC no dia 4 de abril.

Copyright © 2003 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários