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Ministério da Saúde lança cartilha sobre comidas típicas

22 de Janeiro de 2003 (Bibliomed). A maioria dos brasileiros desconhece ou esqueceu o sabor de iguarias características da região em que vivem. Em geral, as famílias se alimentam de frutas, verduras e legumes trazidos de fora, principalmente das regiões Sudeste e Nordeste, que possuem forte apelo comercial. O resultado é uma alimentação pouco diversificada e pobre em nutrientes. Preocupada com isso, a Coordenação Geral de Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde lançou um guia alimentar que descreve frutas, hortaliças, tubérculos e leguminosas típicos de cada região do país. O objetivo é aumentar o consumo de nutrientes na dieta do brasileiro, valorizar a flora do país e incentivar os agricultores a cultivar produtos regionais mais adequados às condições ambientais e climáticas de cada localidade.

Os especialistas em nutrição consideram a cartilha, que será distribuída pelos agentes do Programa Saúde da Família e estará disponível na Secretaria de Saúde, um ótimo estímulo para a população consumir alimentos mais baratos e fáceis de cultivar. “Nos últimos anos, a família brasileira vem perdendo sua riqueza alimentar. Existe uma série de alimentos que foram, aos poucos, sendo esquecidos ou desvalorizados pela nossa cultura”, lamenta Denise Coitinho, professora do departamento de nutrição da Universidade de Brasília. Além de apresentar os alimentos típicos, o guia traz dicas de receitas, tabelas nutricionais e conta um pouco da história de cada iguaria.

Para a nutricionista Élida Logrado, existe uma série de vantagens na plantação e consumo de alimentos regionais, entre elas, a conservação do valor nutritivo. “Quanto mais cedo o alimento for ingerido depois de sair da terra, mais nutrientes ele oferece”, explica. “Alimentos frescos têm mais vitaminas e são menos manipulados que os importados de outras localidades”, completa. A nutricionista também lembrou que iniciativas como a do Ministério da Saúde são importantes para estimular a produção econômica interna de cada região. “Com o aumento da demanda, essa cartilha terá um impacto social enorme. Barato para o consumidor e lucrativo para o produtor”, conclui.

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