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Fumantes poderão ter mais restrições na Itália

23 de Julho de 2002 (Bibliomed). O cerco aos fumantes continua se fechando em todo o mundo. A Comissão de Constituição do Senado da Itália discutirá, em setembro, um projeto de lei bastante rigoroso para que o fumo seja proibido em quase todos os ambientes fechados, inclusive cafés e bares. As únicas exceções serão as residências e áreas especialmente destinadas aos fumantes.

A mesma emenda foi arquivada em março porque o parlamento a considerou “alheia ao tópico” do projeto de lei de finanças de 2002 ao qual estava ligada. Caso seja aprovada desta vez, os locais públicos terão um ano para fazer as adaptações necessárias para atender às novas exigências. “Os ambientes públicos deverão separar fumantes de não-fumantes e instalar sistemas de purificação do ar apropriados nas áreas em que o fumo for permitido”, explicou o ministro da Saúde Girolamo Sirchia, que espera ver a lei aprovada até o final deste ano.

O não-cumprimento da lei vai custar caro. Os italianos que ignorarem as proibições em locais como cinemas, hospitais, escritórios, escolas, museus, ônibus e aeroportos correrão o risco de receber multas que variam de 25 a 250 euros, valor que dobra no caso da violação ocorrer na presença de gestantes ou crianças com menos de 12 anos. As multas para os estabelecimentos serão ainda mais pesadas, variando de 200 a 2 mil euros.

A luta contra o fumo não é recente na Itália. Desde 1975, foram apresentadas três propostas de lei para tentar extinguir a paixão nacional pelo cigarro, mas os esforços foram barrados. De acordo com o último relatório do Instituto Nacional de Estatística (Istat), há 18 milhões de fumantes e 15 milhões de fumantes passivos no país. “Precisamos proibir a venda de cigarros para menos de 18 anos, retirar das ruas as máquinas de venda de cigarro, que são acessíveis a qualquer pessoa, e fazer contrapropaganda”, ressaltou o ministro da Saúde.

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