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Lei Que Restringe Fumo não Prejudica os Negócios, Diz Estudo

Por Chris Cunnigham

NOVA YORK (Reuters Health) - De acordo com um estudo recente, realizado no Roswell Park Center Institute, em Buffalo, Nova York, as previsões de que a aprovação da legislação que restringe o fumo em restaurantes poderia representar prejuízo econômico para o negócio têm se mostrado infundadas.

O coordenador da pesquisa, Andrew Hyland, disse à Reuters Health que não verificou praticamente nenhum efeito negativo sobre as vendas dos restaurantes por causa das restrições do fumo decretadas em cidades de Nova York, Califórnia, Clorado, Massachusetts, Arizona e Texas.

Hyland apresentou as conclusões do estudo no último encontro da International Society for Environmental Epidemiology (Sociedade Internacional para Epidemiologia Ambiental) e baseou a revisão em dados já existentes, focalizando os efeitos da implementação de políticas para restrição ao cigarro.

Segundo o pesquisador, as leis que restringem o fumo em restaurantes não só têm poucos efeitos adversos na renda dos estabelecimentos como também os proprietários dos negócios têm conseguido cumprir a lei com relativa facilidade.

Entre suas observações, Hyland notou que a renda nos bares da Califórnia aumentou 6 por cento em 12 meses, depois que o fumo foi restrito naqueles estabelecimentos, e que os consumidores na cidade de Nova York continuaram a jantar fora com a mesma frequência.

Para Hyland, boa parte da oposição às políticas de restrição do fumo vem de restaurantes e indústrias de tabaco. Os opositores têm argumentado que uma lei desse tipo poderia provocar desastres econômicos para os restaurantes, pois levaria os fumantes a comer fora com menos frequência.

Para os que são contra, a legislação dificilmente seria cumprida.

Os estudos que avaliam a opinião de consumidores sobre as leis de restrição do fumo têm indicado que os fumantes são mais suscetíveis a apoiar as leis que se opor a elas.

"Há muito apoio às leis, mesmo entre quem fuma. Realmente, cerca de 10 por cento dos fumantes radicais se opõem a ambientes onde é proibido fumar", explicou Hyland. Mais de 80 por cento dos não-fumantes são favoráveis a leis para restrição do cigarro.

Sinopse preparada por Reuters Health

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