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Europa discutirá as formas de enfrentar ataques bioterroristas

13 de Maio de 2002 (Bibliomed). O mundo não está preparado para enfrentar possíveis ataques bioterroristas. Além da falta de tratamentos, medicamentos e vacinas contra doenças como o Ebola, o maior desafio é diagnosticar corretamente os problemas. A última edição do Journal of the American Medical Association (Jama) traz diversas orientações para que os médicos reconheçam doenças que têm sintomas parecidos com os de outras enfermidades comuns. A edição foi preparada pelo Grupo de Trabalho em Biodefesa Civil, composto por médicos e especialistas de agências governamentais civis e militares, além de universidades.

Os especialistas alertam que os médicos não estão familiarizados com diversos tipos de vírus causadores de febres hemorrágicas e não seriam capazes de fazer o diagnóstico rápido e preciso em caso de ataque. Ebola, marburg, febre amarela e febre do Vale do Rift – algumas das patologias que podem ser espalhadas por ataques bioterroristas – podem causar sintomas parecidos com os da gripe, por exemplo, durante um determinado período. O problema preocupa os órgãos governamentais.

O despreparo não está restrito aos Estados Unidos, mas afeta também os países europeus, que confessam a falta de condições para lidar com um ataque com armas bacteriológicas e químicas. Algumas das saídas apontadas pelas autoridades seriam o estado permanente de alerta e a cooperação internacional. Em junho, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce) estará reunida em Lisboa para discutir o terrorismo e as formas de enfrentar os ataques com armas químicas. A Osce já trabalha na elaboração de um documento político que contenha sugestões para a prevenção e o combate ao bioterrorismo. Um possível ataque pode causar a morte de milhões de pessoas em todo o mundo.

Em 1975, 35 países assinaram um acordo sobre o assunto durante a Conferência para a Segurança e Cooperação na Europa. O tratado foi herdado pela Osce, criada em 1995.

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