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Mundo reduz mortes por faixa etária, mas envelhecimento da população e diabetes preocupam

24 de outubro de 2025 (Bibliomed). Uma nova análise global de saúde pública, baseada nas projeções demográficas da ONU (2024) e nas Estimativas Globais de Saúde da OMS (2021), traçou um panorama de 1970 a 2050. A boa notícia: as taxas de mortalidade por faixa etária caíram de forma consistente na maioria das regiões — especialmente nas últimas décadas para crianças (0–14 anos) e adultos jovens (15–49 anos) em China, Europa Central e Oriental, Índia e América Latina e Caribe. Já em regiões do Atlântico Norte, EUA, Pacífico Ocidental e Sudeste Asiático, a queda perdeu fôlego.

Entre 50 e 69 anos, a desaceleração foi quase universal, exceto na África Subsaariana. O caso mais preocupante é o dos EUA, onde houve aumento da mortalidade em adultos de meia-idade (15–49 e 50–69 anos), contrapondo a tendência histórica de melhora contínua.

O estudo explica ainda por que o menor coeficiente bruto de mortalidade (CDR) global ocorreu em 2019. No passado, o CDR caiu porque as pessoas, em cada idade, morriam menos. No futuro, o CDR tende a subir não por piora clínica, mas porque a população está envelhecendo rapidamente — haverá mais idosos proporcionalmente, e eles morrem mais que os jovens. Quando se “tira” o efeito do envelhecimento, as mortes por causas principais seguem caindo. Exceção: diabetes, cuja mortalidade por idade acelera em todas as regiões, com destaque para a Europa Central e Oriental e Índia.

A mensagem para gestores é clara: prosseguir no controle das causas tradicionais de morte, recalibrar sistemas para o envelhecimento e enfrentar a epidemia de diabetes, sob risco de perder ganhos históricos.

Fonte: The Lancet. DOI: 10.1016/S0140-6736(25)00902-X.

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