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Países da América do Sul fazem acordo para combater o sarampo

07 de Maio de 2002 (Bibliomed). O Brasil se uniu a Argentina, Chile, Bolívia, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela para evitar que o sarampo se espalhe pela América do Sul. A principal preocupação das autoridades de saúde é a Venezuela, que faz fronteira com o Brasil. Nos últimos oito meses, foram registrados no país 1.820 casos autóctones da doença, isto é, todos transmitidos dentro de território venezuelano.

O Brasil não tem casos autóctones de sarampo desde dezembro de 2000. Mesmo assim, é necessário manter a vigilância, ressalta a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Maria de Lourdes de Souza Maia. O risco é que o sarampo retorne ao Brasil através de pessoas que se contaminem em outros países. A Colômbia, por exemplo, registrou este ano 11 casos de sarampo, todos “importados” da Venezuela.

O pacto entre os oitos países foi firmado no final de abril, em Sucre (capital constitucional da Bolívia), durante a XII Reunião Técnica sobre Enfermidades Preveníveis por Vacinas na Região Andina, Brasil e Chile.

Segundo o diretor da Organização Pan-Americana de Saúde para a Região Andina, Maurício Bustamante, os países que dispõem de vacinas e recursos humanos devem realizar uma campanha de vacinação contra o sarampo ainda este ano. A campanha de imunização simultânea, envolvendo todos os países do Pacto Andino (Bolívia, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela), no entanto, será realizada somente em 2003.

No Brasil, a campanha já começou. O Ministério da Saúde recomenda que turistas que vão viajar para Venezuela, Japão, Inglaterra, Alemanha e outros países da Europa tomem a vacina contra o sarampo. Até mesmo quem já teve a doença deve se vacinar. No próximo domingo, os jogadores da Seleção Brasileira de Futebol, a comissão técnica, jornalistas credenciados e torcedores que vão acompanhar de perto a Copa do Mundo vão ser imunizados nos aeroportos internacionais do Rio de Janeiro e de São Paulo.

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