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04 de setembro de 2019 (Bibliomed). Os surtos de sarampo continuam a se espalhar rapidamente por todo o mundo, de acordo com os últimos relatórios preliminares fornecidos à Organização Mundial da Saúde (OMS), com milhões de pessoas em todo o mundo em risco de contrair a doença. Nos primeiros seis meses de 2019, o número de casos de sarampo relatados é o mais alto em qualquer ano desde 2006, com surtos que sobrecarregam os sistemas de assistência médica e causam doenças graves, incapacidades e mortes em muitas partes do mundo. Quase três vezes mais casos foram relatados até agora em 2019 do que no mesmo período do ano passado. Isso segue a sucessivos aumentos anuais desde 2016, indicando um aumento preocupante e contínuo da carga global de sarampo em todo o mundo.
Os principais surtos ocorrem em países com baixa cobertura vacinal contra o sarampo, assim como já aconteceu no passado. Os países mais comprometidos pela doença são Angola, Camarões, Chade, Cazaquistão, Nigéria, Filipinas, Sudão do Sul, Sudão e Tailândia.
Ao mesmo tempo, surtos prolongados estão ocorrendo mesmo em países com altas taxas nacionais de vacinação. Isso resulta de desigualdades na cobertura de vacinação, e lacunas e disparidades entre comunidades, áreas geográficas e entre grupos etários. Quando um número suficiente de pessoas não imunizadas são expostas ao sarampo, ele pode se espalhar muito rapidamente.
Os Estados Unidos relataram a maior contagem de casos de sarampo em 25 anos. Na região europeia da OMS, cerca de 90.000 casos foram registrados nos primeiros seis meses deste ano: superam os registrados em 2018 (84.462), que já são os mais altos da década atual.
As razões pelas quais as pessoas não são vacinadas variam significativamente entre comunidades e países, incluindo: falta de acesso a serviços de saúde ou vacinação de qualidade, conflitos e deslocamentos, desinformação sobre vacinas ou pouca conscientização sobre a necessidade de vacinação. Em vários países, o sarampo está se espalhando entre crianças mais velhas, jovens e adultos que não foram vacinados no passado.
O sarampo pode ser quase completamente prevenido com duas doses da vacina, que é segura e altamente eficaz. Altas taxas de cobertura vacinal (95% nacionalmente e dentro das comunidades) são necessárias para garantir que a doença não se espalhe.
De acordo com dados de cobertura publicados pela OMS e pelo Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas em julho de 2019, 86% das crianças receberam a primeira dose da vacina contra o sarampo e 69% a segunda. Isso significa que cerca de 20 milhões de crianças em 2018 não receberam a vacina contra o sarampo através de seus programas de vacinação de rotina. Além disso, 23 países ainda não introduziram a segunda dose da vacina contra o sarampo em seu calendário nacional.
A OMS pediu a todos que garantam que suas vacinas contra o sarampo estejam atualizadas, com as duas doses necessárias para se protegerem contra a doença e que verifiquem seu status de vacinação antes de viajarem.
De acordo com as suas últimas recomendações de viagem, todos aqueles com mais de 6 meses de idade devem ser protegidos contra o sarampo antes de viajar para uma área onde o sarampo circula. Qualquer indivíduos que não tenha certeza do seu estado de vacinação, deve verificar se deveria receber a vacina com seu provedor de cuidados de saúde.
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