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Ministério da Saúde determina adição de ácido fólico à farinha de trigo e milho

24 de Abril de 2002 (Bibliomed). As empresas fabricantes de farinha de trigo e milho terão de adicionar ácido fólico aos seus produtos. A medida visa prevenir a incidência de mielomeningocele, uma anomalia congênita grave do sistema nervoso que se desenvolve nos primeiros dois meses de gestação e representa um defeito de fechamento da coluna vertebral (espinha bífida).

A determinação foi feita na última segunda-feira pela diretora de Coordenação da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Denise Coutinho. A ausência do ácido fólico na mulher em idade reprodutiva é muito perigosa. A substância - presente nas folhas verdes, feijão, ervilha e fígado - é fundamental para o correto amadurecimento do Sistema Nervoso Central dos bebês.

"A gestante precisa entrar na gravidez já com boas reservas de ácido fólico, para não correr o risco de gerar um bebê com mielomeningocele", explica Coutinho. Segundo a diretora, as indústrias de farinha estão mobilizadas e já estão colaborando com a medida.

De acordo com o Ministério da Saúde, um em cada mil bebês no Brasil nasce com mielomeningocele. A anomalia pode causar perda de sensibilidade nos membros do corpo, problemas ortopédicos, dificuldade de locomoção, paralisia, funcionamento inadequado dos esfíncteres da bexiga e do intestino e, nos casos mais sérios, até a morte.

Os casos mais graves da doença, em que a espinha vertebral fica completamente aberta, podem ser diagnosticados no útero, através de exames de ultrassonografia e amniocentese (retirada e análise de uma amostra do líquido amniótico). O tratamento é cirúrgico, mas não é indicado a todos os pacientes. "Por isso, a melhor opção é minimizar ao máximo as chances das crianças nascerem com o problema", conclui a diretora.

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