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Gestantes consomem pouco folato, o que pode trazer problemas para elas e para os bebês

22 de janeiro de 2014 (Bibliomed). O folato é uma vitamina do complexo B essencial durante a gestação, já que previne efeitos adversos na saúde da mãe e do bebê. Contudo, a ingestão desta vitamina na dieta de gestantes não são suficientes para as necessidades nutricionais estabelecidas para o nutriente.

O estudo foi realizado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da Universidade de São Paulo (USP), e envolveu 82 gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A vitamina pode ser encontrada naturalmente em alimentos como vegetais folhosos verdes-escuros, feijões, grão-de-bico, frutas cítricas, fígado, entre outros. Existe, também, a versão sintética da vitamina, chamada de ácido fólico, utilizado em suplementos e alimentos fortificados.

Os pesquisadores explicam que essa vitamina exerce papel fundamental nas reações do metabolismo do carbono que estão envolvidas na síntese de DNA e divisão celular. O consumo deficiente de folato pode resultar em anemia materna, pré-eclâmpsia, baixo peso ao nascer, parto prematuro e alterações cromossômicas.

As 82 gestantes foram submetidas a exames para identificação da quantidade de folato presente na alimentação diária. A proporção de gestantes com ingestão inadequada de folato foi estimada pelo método da Necessidade Média Estimada, que é uma estimativa da necessidade diária de nutrientes para grupos específicos da população. 

A recomendação é de que o consumo diário de folato seja de 520 microgramas, sendo este quantidade indicada pelo do Institute of Medicine (IOM), nos Estados Unidos. No Brasil, não há recomendação oficial específica. A média de ingestão de folato alimentar entre as mulheres analisadas foi de 350,5 microgramas, sendo que, quando considerado o folato alimentar adicionado ao ácido fólico, a inadequação foi de 94%.

Os alimentos que mais contribuíram para a ingestão de folato foram: pão francês, feijão, biscoito salgado, leite integral, pão de hambúrguer e suco de laranja natural. A fortificação de alimentos com ácido fólico é uma estratégia de saúde pública que favorece o aumento do aporte do micronutriente, mas também é necessário o incentivo ao consumo de alimentos-fonte do folato.

No Brasil, segundo regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é obrigatória à fortificação das farinhas de trigo e milho e seus derivados, como pães e biscoitos,  com ferro e ácido para a prevenção da anemia.

Fonte: Agência USP, 17 de janeiro de 2014

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