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Projeto Genoma abre novas perspectivas para o setor de saúde e Fiocruz vai testar células-tronco em humanos

Belo Horizonte, 15 de Janeiro de 2002 (Bibliomed). O Projeto Genoma Brasileiro deverá ter forte impacto nas áreas de saúde e agricultura. A expectativa é de que os estudos levem à produção de novos medicamentos, indique alternativas para a prevenção de doenças como Chagas e leishmaniose, e ainda ofereça alternativas para aumentar a produtividade e a qualidade de produtos, entre eles o cacau.

As Redes Regionais do Projeto estão recebendo investimento de cerca de R$ 26 milhões para novas pesquisas. Atualmente, existem sete projetos de seqüenciamento do código genético de microorganismos, envolvendo laboratórios de biologia molecular de 48 instituições de ensino e pesquisa. Cerca de 240 cientistas trabalham no projeto em quase todas as regiões do País.

Segundo o ministro Ronaldo Sardenberg, as perspectivas da biotecnologia no Brasil são excelentes. Ele destaca a capacitação de pesquisadores e laboratórios em todas as regiões para estimular as parcerias produtivas e criar um ambiente favorável para dinamizar o mercado de produtos biotecnológicos e ampliar a competitividade.

E a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia, vai testar pela primeira vez no mundo, o implante de células-tronco no coração para tratar vítimas da doença de Chagas. A experiência é coordenada pelo Instituto do Milênio, que reúne cerca de 90 profissionais brasileiros que se dedicam a pesquisas com células-tronco. A experiência vai tentar reproduzir, em seres humanos, os resultados obtidos em estudos com camundongos.

Com a intervenção, cerca de 20 doentes poderão ter seus músculos cardíacos regenerados. Nos ratos, as células-tronco foram retiradas da medula e implantadas no coração, controlando a inflamação e a fibrose provocadas pelo parasita que causa a doença de Chagas. Nos pacientes, os médicos também vão retirar as células-tronco da medula óssea e reintroduzi-las na coronária dos doentes.

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